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‘O motorista de táxi’, visando o Oscar

“O motorista de táxi”. Foto: Divulgação

“O motorista de táxi”. Foto: Divulgação

É uma bela história! Pena que contada sem a menor sutileza. Dentro dos mais tradicionais padrões do cinema comercial ocidental, o sul coreano “O Motorista de Táxi” é baseado numa história real acontecida em 1980. Kim (Song Kang-ho, de “O Hospedeiro”), taxista de poucos escrúpulos, “rouba” o passageiro de um colega sem saber da dimensão da encrenca em que estava se metendo. O passageiro em questão é Peter (Thomas Kretschman), jornalista alemão que está disposto a tudo para entrar na sitiada Gwangju, cidade onde explodem violentas manifestações contra o regime ditatorial coreano.

É neste local que o reacionário Kim vai finalmente compreender a gravidade da situação e os mecanismos de controle de imprensa pela ditadura, responsáveis pela sua alienação.

O filme é tão repleto de concessões comerciais que foi o escolhido para representar seu país na festa do Oscar. Uma injustiça com o ótimo cinema sul coreano, que tem muito mais a oferecer.

Convencional, quase didático e por vezes redundante, “O Motorista de Táxi” tem, pelo menos, dois méritos a serem considerados: trazer à tona um importante episódio do passado recente da Coreia; e manter a tradição do cinema daquele país, sempre hábil em transitar livremente por vários gêneros cinematográficos dentro do mesmo filme, sem comprometer a unidade narrativa.

O longa estreou nesta quinta, 11 de janeiro.

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