Competente e eficiente, ‘A Autópsia’ deve ser evitado por estômagos fracos

Filme 'A Autópsia'. Foto: Divulgação

Filme ‘A Autópsia’. Foto: Divulgação

Simples, enxuto, despretensioso, bem realizado e eficiente. Tais características fazem da coprodução inglesa-estadunidense “A Autópsia” uma agradável surpresa. Ainda que a palavra “agradável” não seja a melhor para definir este bom terror que o público de estômago mais sensível deve evitar. O filme divide-se em duas metades, sendo a primeira muito mais dedicada ao suspense, e a segunda explicitamente ao terror.

O roteiro de Richard Naing e Ian B. Goldberg (ambos estreando em cinema) fala de um pai (o veterano Brian Cox) e seu filho (Emile Hirsh) que trabalham juntos como responsáveis pelas autópsias do necrotério de uma pequena cidade do interior dos EUA. Certa noite, já quase na hora de encerrar o expediente, eles recebem um serviço urgente da polícia local: tentar determinar a causa da morte de uma bela jovem, encontrada intacta, sem nenhum sinal de violência, semi-enterrada numa terrível cena de crime.

Melhor na direção que no roteiro, “A Autópsia” é bastante feliz na criação de climas, mérito do diretor norueguês André Øvredal, neste que é apenas o seu segundo longa (o primeiro foi “O Caçador de Troll”). A resolução do mistério pode parecer forçada e pouco convincente, mas não o suficiente para estragar os bons sustos e a vibrante dose de tensão que o filme carrega. “A Autópsia” resgata um bem-vindo sabor dos antigos horrores britânicos da produtora Hammer, capazes de extrair bons arrepios de um elenco reduzido e uma ambientação quase única, numa época em que o talento da direção falava mais alto que a profusão de efeitos especiais.

Com estreia marcada para o próximo 4 de maio, o filme foi bastante premiado no circuito mundial de festivais especializados em produções de terror.

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