Ana Carolina Garcia. Foto: SRzd

Ana Carolina Garcia

Jornalista formada pela Universidade Estácio de Sá, onde também concluiu sua pós-graduação em Jornalismo Cultural. Em 2011, lançou seu primeiro livro, "A Fantástica Fábrica de Filmes - Como Hollywood se Tornou a Capital Mundial do Cinema", da Editora Senac Rio.

‘Divinas Divas’ é conduzido com sensibilidade por Leandra Leal

As Divinas Divas de Leandra Leal no palco do Teatro Rival (Foto: Divulgação).

Entra em cartaz nesta quinta-feira, dia 22, o documentário “Divinas Divas” (2016), que conta a trajetória de oito artistas travestis que enfrentaram muitas dificuldades para conquistar o respeito do público e da crítica numa sociedade que sempre teve a hipocrisia como uma de suas principais características. As protagonistas da produção que marca a estreia de Leandra Leal como diretora são: Rogéria, Jane Di Castro, Fujika de Halliday, Camille K, Eloína dos Leopardos, Divina Valéria, Marquesa e Brigitte de Búzios.

 

Narrado pela diretora Leandra Leal, este documentário é conduzido com muita sensibilidade para apresentar ao público o indivíduo por baixo da maquiagem e do figurino, a alma em busca da felicidade e do respeito, num caminho de preconceitos, medo, violência e, muitas vezes, desprovido de apoio familiar.

 

“Divinas Divas” é estruturado de maneira similar à do clássico “Na Cama com Madonna” (Madonna: Truth or Dare – 1991), remetendo o espectador diretamente a ele, por mesclar depoimentos e imagens do espetáculo homônimo apresentado no palco do Teatro Rival e dos bastidores, especialmente por levantar a importante bandeira da inclusão. Isto leva a plateia a refletir sobre a atual situação de transformistas que não têm as mesmas oportunidades oferecidas às divas pioneiras, que contaram com a importante ajuda de Américo Leal, dono do Teatro Rival e avô de Leandra Leal.

 

Mais do que uma homenagem a estas personalidades, “Divinas Divas” é um registro pessoal, pois resgata a história dos Leal e de seu tradicional teatro no Centro do Rio de Janeiro, uma casa que sempre recebeu seus artistas como membros da família. E a história da família Leal pode ser resumida numa frase que a agora cineasta ouviu de sua mãe, a atriz Ângela Leal: “Teatro não é herança. É missão”. Sendo assim, pode-se dizer que este documentário, assim como o palco do Teatro Rival, é resultado de uma missão de quebra de barreiras e preconceitos, que tem o sentimento familiar como importante elemento de sua narrativa.

 

Assista ao trailer oficial:

Comentários

 




    gl