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A verdadeira primeira-dama está no samba

Dama. Foto: Ilustração

A jornalista Aurora Seles traz mais um texto para os leitores do SRzd.

A coluna é publicada semanalmente, às terças-feiras, na página principal da editoria do Carnaval de São Paulo. Leia, comente e compartilhe!

A verdadeira primeira-dama está no samba

Comparo o momento político atual com uma operação “descida Imigrantes”.

E isso significa um comboio pela estrada no caminho do litoral paulista, sob forte nevoeiro. Para que não haja acidentes é necessário um comando feito por um carro maior, iluminado e, principalmente, onde o condutor saiba o que deve ser feito.

Leva um tempo, mas dá certo. Com esse olhar, divido, com você leitor, meu otimismo quanto ao nosso país.

Antes da próxima eleição, provavelmente, assistiremos a saída de mais um presidente. Observo a inquietação dos envolvidos, mas uma figura, em especial, chama-me a atenção: a primeira-dama.

Esse título, criado em 1850 por um ex-presidente americano, durante o funeral de sua mulher, passou a ser usado em várias esferas do poder.

As primeiras-damas costumam participar de cerimônias públicas e organizar ações sociais, e podem ajudar a transmitir uma imagem positiva de seus maridos à população. Infelizmente, nestes tempos, não temos essa figura no Brasil…

Mas a imagem de uma primeira-dama em nosso país não está enterrada! Nas escolas de samba ela existe, e resiste.

Aprendi com o grande mestre-sala, Gabriel de Souza Martins, o mestre Gabi, que a primeira-dama de uma escola de samba é a porta-bandeira. A elegante mulher que tem a tarefa de levar o pavilhão, símbolo de maior importância das agremiações.

Em tempos onde as mudanças de hierarquias são constantes, no segmento Carnaval, a primeira-dama tem a vida mais longa. Muitas começam ainda meninas até chegarem ao primeiro posto. Nos desfiles, é sempre o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira o responsável pela nota do quesito avaliado.

Logo depois, virão os segundos e terceiros casais. Há escolas com outros números e isso inclui os casais mirins.

A porta-bandeira desfila com elegância e galhardia. Sua apresentação é inconteste. Merece toda a reverência e respeito, até porque, essa primeira-dama tem o apoio da comunidade, diferente do que acontece nestes tempos tortuosos…Todas, sem exceção, são belas, encantadoras e de um lar, chamado escola de samba.

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