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Uma janela do plano espiritual se abre para ver os frutos na terra

Uma janela do plano espiritual se abre para ver os frutos na terra. Foto: Ilustrativa

Ednei Mariano traz novo texto em sua coluna no portal SRzd.

As publicações são semanais, sempre às sextas-feiras, na página principal da editoria do Carnaval de São Paulo. Leia, comente e compartilhe!

Uma janela do plano espiritual se abre para ver os frutos na terra

As eleitas de nossa dança, pelos seus méritos, foram morar no “Panteão das Artes”.

De lá, várias vezes bate a saudade da terra, e são convidadas a apreciarem o nosso movimento. O movimento daqueles que continuam em missão no plano físico.

Conduzida pelos deuses da dança, estava ela diante da janela olhando para a nossa dimensão.

Esta “Diva” começou a bailar nos anos 70, atravessou os anos 80 em aprendizado e na última década do século XX era a rainha da passarela. Até que em 2008, findou sua jornada entre nós.

Neste momento importante para ela, convidou amigas de morada para assistirem em resumo a ópera de sua semente, viva em nosso tempo.

Maria Gilsa chamou Dona China, com seu sorriso inconfundível e humor juvenil; Sônia Maria, com sua maquiagem impecável; Rosângela Nenê, com o cabelo black marcante, e Marina Luiza, com a postura ereta, sempre pronta para um belo desfile.

Juntas, as concorrentes de outrora, que muito fizeram pela nossa dança, se puseram a contemplar as façanhas da filha de Gilsa neste palco da vida.

Gilsa se viu dando conselhos. A filha, quando ainda menina, queria ser porta-bandeira, mas não aguentava ficar sem requebrar na frente de uma bateria. Ainda bem jovem, lembrou a menina com o pavilhão da Tom Maior, cheia de audácia! Depois, foi defender a escola da Freguesia do Ó.

Voluntariosa, se emociona com a cenas da chegada de sua pequena garotinha na Mocidade Alegre, anos mais tarde, assumindo o pavilhão principal da verde vermelha e branca do bairro do Limão.

Sônia Maria sorri, porque a menina foi sua sucessora no posto!

Na “tela” os giros fantásticos da agora adulta de um metro e oitenta seguindo seus mestres em busca das valorosas notas e prêmios. Até que uma fatalidade faz com que tenha de deixar de defender este pavilhão, sua paixão.

Gilsa, se entristeceu, amparada pelas amigas.

As cenas continuam e mostram novamente deslumbrante sua criação, agora com um pavilhão verde e branco, do time de futebol de seu coração. As amigas se confraternizam e é hora de Nenê se emocionar, ao reconhecer seu amigo e antigo parceiro de dança, agora, comandando os passos e o caminhar desta joia ao lado de seu amigo Marcelo Luis.

Desfiles se sucedem e a menina, agora mulher, inovando, encantando, se colocando em defesa da arte, seguindo seus passos na Entidade que a mãe criou, passando os ensinamentos para as mais jovens.

Foram momentos de magia para a “negra baiana”, explodindo de emoção quando viu a filha com microfone na mão, dissertando sobre vários assuntos, entretendo, entrevistando.

Com orgulho viu que sua semente se tornou árvore frutífera e está espalhando muito do aprendizado que foi passado enquanto esteve presente na vida de nossa Adriana Gomes.

A tela do mundo astral se fecha!

E seguimos nós, aqui, na jornada lutando pela nossa arte.

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