De cara pintada, Tucuruvi apresenta enredo de cunho social

Lançamento do enredo 2019 da Acadêmicos do Tucuruvi. Foto: SRzd – Guilherme Queiroz

“Liberdade. O canto retumbante de um povo heroico”.

Este é o título do enredo 2019 da Acadêmicos do Tucuruvi, de cunho social, e que vai passar desde a Inconfidência até as diversas manifestações do povo brasileiro em diferentes momentos da história.

O anúncio foi feito durante evento realizado na quadra social do “Zaca” na Zona Norte da cidade de São Paulo, na noite deste sábado (9), com direito a telão e iluminação especialmente montada para a ocasião.

+ Galeria de fotos do evento de lançamento do enredo

+ Veja a logomarca do enredo

Além de mostrar ao público e comunidade a história que vai contar na Avenida, ainda promoveu show de seus diferentes segmentos, recebeu o pagode do grupo Segunda Sem Lei e trouxe a coirmã Mancha Verde para encerrar a festa.

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A Fênix do Carnaval?

Hora de virar definitivamente a página para a Acadêmicos do Tucuruvi.

No Carnaval 2018, em razão do incêndio que destruiu 90% das fantasias que estavam sendo produzidas para o desfile, a escola não foi avaliada pela comissão julgadora, após decisão unânime dos presidentes de todas as entidades coirmãs do Grupo Especial.

Incêndio em imóvel da Tucuruvi. Foto: Reprodução de TV

Com os olhos voltados para o futuro, a agremiação pode se inspirar na Fênix, pássaro da mitologia Grega que ao morrer entrava em auto-combustão e, passado algum tempo, renascia das próprias cinzas.

A lenda dos gregos baseou-se em Bennu, da mitologia egípcia. Uma ave acinzentada semelhante à garça, hoje extinta, que habitava o Egito. Cumprido o ciclo de vida do Bennu, ele voava à Heliópolis, pousava sobre a pira do deus Rá, ateava fogo em seu ninho e se deixava consumir pelas chamas, renascendo das cinzas.

Hesíodo, poeta grego do século VIII a.C., afirmou que a Fênix vivia nove vezes o tempo de existência do corvo, que tem uma longa vida. A crença na ave lendária foi cultivada por vários povos da antiguidade, além de gregos e egípcios, também pelos chineses.

Em todas as mitologias o significado é preservado: a perpetuação, a ressurreição e a esperança que nunca têm fim. As histórias em torno da Fênix dariam um belo enredo, e bem adequado ao passado recente da agremiação. Não foi dessa vez.

O fogo não apagou a alegria

Nem as chamas destroem o amor do sambista por seu pavilhão.

O terceiro desfile da primeira noite do Grupo Especial das escolas de samba do Carnaval paulistano 2018, teve como protagonista, a paixão. Paixão da comunidade por sua agremiação, independente de estar ou não disputando uma nota.

Assim foi a passagem da Acadêmicos do Tucuruvi pelo sambódromo do Anhembi. Cheia de garra e superação, fez um desfile digno. Aos que assistiam, não era possível acreditar que o fogo havia destruído qualquer figurino. Além da energia dos componentes, as fantasias apresentadas na pista não evidenciaram um cronograma apertado de reprodução.

+ Clique aqui para ver como foi o desfile da Acadêmicos do Tucuruvi em 2018

Dione Leite em voo solo

Gaúcho da cidade de Pelotas e residente em São Paulo há 12 anos, Dione Leite é o novo carnavalesco da escola.

Sua carreira nas artes não se resume apenas ao Carnaval. Assinou trabalhos de cenografia em musicais e peças de teatro. No ano passado produziu, para o Cirque du Soleil, uma linha exclusiva de máscaras do espetáculo “Amaluna”, que percorreu o Brasil.

Nos últimos cinco anos, foi integrante da comissão de Carnaval da Dragões da Real, e agora chega para substituir, em voo solo, Flávio Campello, de breve passagem na Tucuruvi.

Dione Leite. Foto: Renato Cipriano

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Tucuruvi volta a mexer no elenco para a disputa em 2019

Por mais uma temporada, a diretoria da Acadêmicos do Tucuruvi promoveu uma série de mexidas em peças importantes de seu elenco.

A coreógrafa Mônica Oliveira foi substituída por um “prata da casa”, André Oliveira, assumindo a comissão de frente.

Com passagens pelo Arranco do Engenho de Dentro, São Clemente e Acadêmicos do Salgueiro, o carioca Leonardo Bessa ocupa o lugar do intérprete oficial Alex Soares, desligado após três temporadas na função e vencedor do Prêmio SRzd Carnaval SP 2016 na categoria Revelação.

Mantidos, pelo terceiro ano seguido, os jovens Kawan Alcides e Waleska Gomes, como o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, e o mestre de bateria Guma Sena.

Assim, o Tucuruvi vai para mais uma desfile na elite do samba de São Paulo. Após sorteio que definiu a configuração parcial das apresentações em 2019, já sabe que pisa na Avenida na sexta-feira, dia 1 de março.

+ Veja a configuração parcial da ordem de desfiles do Carnaval de SP em 2019

 

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