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Sim; as escolas de samba terão de se reinventar

O carnavalesco Marco Aurélio Ruffinn traz mais um texto para os leitores do SRzd.

A coluna é publicada semanalmente, às quintas-feiras, na página principal da editoria do Carnaval de São Paulo. Leia, comente e compartilhe!

Sim; as escolas de samba terão de se reinventar

As escolas de samba terão de se reinventar. Sim.

Estamos agonizando. É fato. Muda-se tudo ou o colapso será certo.

A essência se perdeu. Há anos ouço isso, mas agora, é pra valer.

Edson Prado, um grande sambista, um dia me disse:

“Não gosto do rumo que o Carnaval está tomando. É um caminho sem volta. Não conseguimos nunca fechar a conta. Sempre saímos no vermelho. Gastamos o que não temos pra fazermos um desfile que mais parece uma parada. O samba no pé, deixou de ser fundamental, é coreografia que não acaba mais. Desrespeitamos o sambista”.

E eu argumentava:

“Edson, não tem o que ser feito, ou seguimos a tendência ou ficamos pra trás”.

Ele fazia referência ao estilo de Carnaval que estava sendo promovido.

Hoje, com essa nebulosidade toda, passou da hora de discutir e tocar fundo no assunto, ainda que muitos não gostem.

Vamos ter que encontrar um equilíbrio, e uma forma mais envolvente e descontraída de se brincar o Carnaval.

Todos os anos é o mesmo “papo”; temos que “desengessar” o desfile, diminuir as regras…Mas nada acontece. Simplesmente, nada.

O bloco está passando, e aí?

No último Carnaval os blocos embalaram milhares de foliões em São Paulo. Tivemos quase 500 blocos desfilando pela cidade.

Inclusive, assistimos a migração de outras praças.

Blocos do Rio de Janeiro, como o “Bangalafumenga” e o “Sargento Pimenta”, desfilaram pela Vila Madalena.

Eles estão invadindo Sampa, pois sabem do potencial da cidade.

Embora tenha espaço pra todos, é necessário discutir o tema. Ficar apenas vendo o bloco passar, não é prudente.

Olhar pra dentro e fazer uma reflexão, é emergencial.

Tudo tem de ser revisto, ou o pouco de essência que ainda nos resta, vai se desagregar.

Com tantas intervenções, a identidade já quase não existe mais.

É hora de re-significar valores ou seremos apenas uma cópia mal feita do que já existe.

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