Ruffinn: O nosso luxo é barato e a prefeitura sabe disso
O carnavalesco Marco Aurélio Ruffinn traz mais um texto para os leitores do SRzd.
A coluna é publicada semanalmente, às quintas-feiras, na página principal da editoria do Carnaval de São Paulo. Leia, comente e compartilhe!
O nosso luxo é barato e a prefeitura sabe disso
A incerteza toma conta do nosso Carnaval.
A contagem regressiva para os desfiles de 2018, está longe de começar…
Nos barracões, os trabalhos para as montagens das fantasias e dos carros alegóricos estão em slow motion.
Muitas escolas com projetos ainda indeterminados, esperando um desfecho para os últimos acontecimentos.
A pergunta que não quer calar é se existirá mesmo a contemplação de verba do setor privado para as escolas de samba de São Paulo.
Mirar no escuro, é acertar o nada.
Como planejar um espetáculo sem saber ao certo o valor que virá da subvenção?
O lema é enxugar tudo. Isso vai nivelar o Carnaval do próximo ano por baixo? Será que é isso que vai ocorrer? Será? Aliás, “será” é a palavra mais ouvida nestes últimos dias.
No entanto, diante da grave crise econômica que assola o país, as agremiações terão mesmo de reduzir o quadro de funcionários e driblar as dificuldades para apresentar belos desfiles.
E a verdade, é que São Paulo sempre conviveu com esta realidade, não é novidade pra ninguém.
Aqui, o luxo sempre foi um falso brilhante…e ainda é. O nosso luxo é barato, e a prefeitura sabe disso.
O que estou dizendo, é além.
A questão é: o valor colocado à serviço das escolas já é o mínimo necessário para que se execute cada projeto.
Atualmente, já faltam investimentos. Sem esse mínimo necessário a água começa a entrar no barco.
Onde iremos parar?
O maior espetáculo da terra terá de se reinventar?
E você? O que pensa sobre esse paradigma atual da festa de momo?
Comentários