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Poucos são reis ou rainhas no tabuleiro da dança

Coroa. Foto: Reprodução

Ednei Mariano está em sua quarta temporada no portal SRzd trazendo sempre o universo da arte da dança dos casais de mestre-sala e porta-bandeira.

As publicações são semanais, sempre às sextas-feiras, na página principal da editoria do Carnaval de São Paulo. Leia, comente e compartilhe!

Poucos são reis ou rainhas no tabuleiro da dança

O tabuleiro é grande.

Muitas subidas e descidas, esquinas e curvas perigosa, para chegar ao posto de rei ou de rainha.

A tarefa é árdua, é preciso driblar o obstáculo da desunião, combater a falta de atitude, tomar a vitamina do esforço mental, se alimentar da sopa da capacidade.

Neste tabuleiro, o querer não é garantia de sucesso. Não adianta entrar no jogo para satisfazer o ego, o desejo da mãe e do pai não é garantia de status.

Cada corpo conta a sua história. Sorte e competência, caminham juntos na trilha do sucesso, mas é necessário um pouco mais; uma boa dose de energia positiva, faz bem! Ela contamina e é persuasiva na comunidade. Sim, conquistar neste jogo é para os fortes.

Não se chega ao topo enganando.

Dois ou três anos de nota máxima não são garantia de estabilidade.

Além disso, ser o primeiro no quadro de casais não quer dizer que se é o melhor. É fundamental tratar o seu igual como um igual. Isso é comprometimento com a verdade da dança. O posto não é nosso. É e será sempre transitório. A trajetória e as atitudes, essas sim, vão marcar nossas histórias.

Vestir a máscara da vaidade é veneno que aniquila lentamente. É o falso brilhante no tabuleiro da dança, não resiste a luz da verdade.

Nossa dança nasce na alma. Não existe escola de diplomação. Neste tabuleiro estarão sempre em aprendizado. Deixe os elogios para quem assiste, elevar a si é ato de declaração de absolutismo, não é amor próprio.

Se os giros emocionam quem assiste, a proteção é gesto de conquista. A dupla que embriaga deve saber sempre que a estrela maior é o pavilhão.

É ele quem sempre esteve, e sempre estará em evidência na cadência e no gestual, é assim desde os tempos dos Cordões.

O passar dos dias, dos meses, vai mostrar se estes homens e mulheres são reis e rainhas, realmente, ou oportunistas de ocasião.

Dançar é mais que a glória de ser um real representante de todo um povo.

A doce dança do casal, da estandarte, independente do posto, estão em volta deste tabuleiro.

Alguns, diamantes a serem lapidados, outros com um brilho nato.

O tabuleiro da dança é similar ao de um ritual, e merece respeito.

Axé!

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