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Nem tudo está perdido; ‘Com dinheiro ou sem dinheiro, eu brinco’

Desfile 2017 da Mangueira. Foto: Henrique Matos

O carnavalesco Marco Aurélio Ruffinn traz mais um texto para os leitores do SRzd.

A coluna é publicada semanalmente, às quintas-feiras, na página principal da editoria do Carnaval de São Paulo. Leia, comente e compartilhe!

Nem tudo está perdido: ‘Com dinheiro ou sem dinheiro, eu brinco’

Após algumas semanas escrevendo nesta coluna, novamente, exercitei a prática da reflexão.

Confesso. Fiquei cabisbaixo. Desanimado. Meio “jujuru”…

Um peixe fora d´água, completamente asfixiado com a falta de ousadia e a passividade do nosso Carnaval.

Ninguém vai retrucar?

Não vão responder com samba essa afronta toda?

Furtam o povo, a cultura “paga o pato”, e tudo bem?

É isso mesmo. Muitas interrogações.

Impossível só eu pensar assim, disse para mim mesmo.

Temos de compartilhar este sentimento angustiante de passividade.

Há dias atrás fui surpreendido com o anúncio do enredo da Estação Primeira de Mangueira para 2018.

“Com dinheiro ou sem dinheiro, eu brinco”.

Enredo que soa como resposta ao argumento do prefeito carioca Marcelo Crivella abordando o corte de verbas das escolas de samba.

Essa notícia me tirou do meu estado relatado no início deste texto, e trouxe-me um novo entusiasmo.

Ufa! Nem tudo está perdido.

A Mangueira engajada, atrevida e consciente de seu papel na cultura brasileira, é quem vai responder essa “pendenga”!

Justo! A mais famosa escola de samba do planeta assumir esse papel.

Ela sabe do seu poder, enquanto agente do povo. E seu talentoso carnavalesco, também. Bela sacada!

A verde e rosa levantou a bandeira.

Espero que agora muitas outras se inspirem!

O campeonato virou um detalhe.

Ao ver a Mangueira abordar esse tema, senti um alívio. Que bom que não estou em marte!

Me curvo ao seu pavilhão, Estação Primeira!

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