Carnaval/SP

Notícias atualizadas sobre o Carnaval de São Paulo.

Mestre na arte dos casais de MSPB, Ednei Mariano completa cem edições de sua coluna no SRzd

Ednei Mariano. Foto: SRzd

Ednei Mariano, referência quando o assunto é a arte dos casais de mestre-sala e porta-bandeira, atinge hoje uma marca histórica; sua centésima coluna no SRzd.

O jornalista Rodrigo Di Mase, responsável pela editoria do Carnaval de São Paulo no portal, destacou a importância da ocasião e ressaltou a relevância do trabalho desenvolvido por Ednei junto aos leitores do site e em favor da cultura popular da cidade:

“O trabalho, por vezes, nos impõe situações de adversidade. Nesta editoria, não é diferente. Embora o Carnaval seja um dos símbolos máximos da expressão de alegria do nosso povo, também tem em si, sobretudo nos bastidores, a mesma complexidade de qualquer relação humana ou profissional. Noticiar as escolas de samba e seus protagonistas durante os 365 dias do ano, não é tarefa simples. São fundamentais uma série de ferramentas para poder executar uma cobertura qualificada, isenta e de referência no segmento, tanto para o público leitor, quanto para os sambistas. Nessa trincheira, ter uma equipe sólida, qualificada e comprometida com o propósito do portal SRzd, é essencial. Nesse time, ter o mestre Ednei em nossa fileira, nos engrandece. Não só pelo indiscutível e reconhecido conhecimento daquilo que se propõe a escrever, mas também, pelo ser humano ímpar e sensível que é. Que venham mais cem, mais mil colunas deste baluarte da cultura do samba paulistano”, disse.

As publicações são semanais, sempre às sextas-feiras, na página principal da editoria do Carnaval de São Paulo. Leia, comente e compartilhe! Leia a centésima edição:

… E lá ia eu… caminhando numa tarde de outono para a minha casa de orações.

O frio se fazia presente, o chão cheio de folhas, típico desta época do ano. Elas despencam sem vida das árvores, mas com nutrientes suficientes para adubar a terra. É na natureza onde nada se perde, tudo se transforma!

Contemplava as grandes árvores desta alameda de um bairro na maior cidade da América Latina em busca do equilíbrio para seguir minha marcha nesta vida.

Pensei então na função destas casas onde corações aflitos vão buscar abrigo, onde falta confiança para a cura da matéria. Lá, pessoas chegam em centenas, para aplacar a dor moral.

Minha busca, minha função neste templo, é de ouvir aqueles que chegam buscando contato com o mundo dos espíritos. Sabendo, sempre, que o maior beneficiado sou eu mesmo.

A reflexão seguia, mesmo já dentro do ambiente e na espera do início da preparação para a função.

Neste momento, no amplo salão, as conversas cessam e ficamos nós envolvidos por nossos pensamentos. Minha mente vagou. Voltou uns anos atrás, lembrando um encontro com um garoto determinado dentro do universo das nossas escolas de samba, que amava o pavilhão que eu já havia defendido.

Conhecedor do meu trabalho na arte, me chamou para um desafio: escrever para e sobre a nossa dança no site que comandava.

De início, me assustei, embora honroso era o convite.

O jovem me acalmou, se colocou à disposição para me ajudar na jornada. Aquilo me deu confiança para a difícil tarefa.

Assim, comecei. Alegria e desafio.

O jovem, então, me apresentou aquele que seria meu “guru” neste ofício. Um cara que imediatamente me transmitiu ainda mais confiança. Nunca imaginei que ele teria o poder de entrar na minha mente e tirar as dificuldade da minha escrita e colocar no ar o que verdadeiramente o que eu queria dizer.

Assim, os anos se passaram e conseguimos ser o estandarte daqueles que sofrem.

Não! Nada de ressuscitar mortos, mas sim, trazer suas histórias para conhecimento dos mais novos.

Dar voz aqueles que gritam na alegria, que choram nas dores. Aqueles que precisam de palavras para a superação, aqueles que venceram os desafios, aqueles que estão na estrada, em luta.

Bem-aventurados os que têm sede de saber, porque serão saciados.

Lembrei que, a cada semana, a cada coluna, o maior beneficiado, como nesta casa de luz, era eu.

Cada emoção dos internautas, chegava em dobro para mim.

Assim, lá se vão quatro anos, e chega o texto de número cem.

Como neste caminho que escolhi para fortalecer meu espírito, na companhia deste amigos, me senti outra vez uma criança; sempre iniciando.

Eis que entra no recinto uma senhora iluminada pelos irmãos que Kardec tanto nos falou.

Com sentimento de agradecimento, iniciamos os preparativos para os trabalhos de mais um dia, que venham mais anos ao lado de tantos amigos do bem, aqui e lá, em todo o lugar.

Axé!

Comentários

 




    gl