Mangueira já foi enredo no Carnaval de São Paulo; carnavalesca relembra

Brasão da Nenê. Foto: Reprodução de Internet

Brasão da Nenê. Foto: Reprodução de Internet

Nesta sexta-feira (28), a Estação Primeira de Mangueira celebra 89 anos de vida.

Para alegria de seus milhares de admiradores, a tradicional verde e rosa já recebeu menções honrosas em várias partes do mundo. Em São Paulo não poderia ser diferente.

Quem protagonizou uma homenagem que entrou para a história nos desfiles da capital paulista foi outra gigante da cultura popular brasileira, a Nenê de Vila Matilde.

Com assinatura da carnavalesca Vaníria Nejeschi, a azul e branca da Zona Leste literalmente se vestiu de verde e rosa para realizar uma apresentação no sambódromo do Anhembi em 1998.

Em conversa com o SRzd, Vaníria lembra que por conta da tradição que envolve as duas agremiações, muitos sambistas, no período que antecedeu ao desfile, não acreditavam no desenvolvimento do projeto que não apenas rendeu uma boa apresentação como resultou na segunda colocação para a Nenê.

Vaníria Nejeschi. Foto: Acervo Pessoal

“Foi uma honra e um desafio falar da Mangueira naquele ano de 1998 e conciliar duas escolas de peso em um desafio plástico de combinação de cores. Tivemos alguns problemas nas alegorias, harmonia e evolução e assim mesmo o resultado, que serviu como aprendizado para escola, foi muito bom. No Carnaval tudo é possível em termos de criação”, revela a artista.

As alegorias e fantasias contaram a história da Estação Primeira com uma trilha-sonora feita pelos compositores Santaninha, Rubens Gordinho, Clóvis Santana, Barbosinha e Baby, que também conduziu o microfone principal.

Na classificação final, a Nenê ficou com o vice-campeonato, na ocasião, melhor colocação desde o título conquistado em 1985, curiosamente o ano em que foi campeã e se tornou a única agremiação paulistana a se apresentar na Sapucaí, no desfile das campeãs.

Confira a letra do samba

“Lá vem Nenê
No balancê, trazendo Mangueira e magia
O Anhembi vai sacudir
Com a verde-rosa no berço da poesia

Sublime relicário do meu samba
Uma semente, patrimônio cultural do meu país
No Rio, aonde o samba fez escola
O mundo de zinco, retratos da história, a matriz
Dos bombas de fato, nascentes da fé
Lendárias baianas, guerreiros de Axé
E a Vila pra te homenagear, vem cantar

Grandeza que não cabe explicação
Síntese de um sonho, a primeira estação
Musa dos poetas, teus reais valores
Honram tuas cores, sambistas imortais
Tu és do meu Brasil a mais querida,
Divina dama de 70 carnavais
Floresceu a Mangueira do amanhã
Fez-se a juventude campeã

Virou realidade
Esporte é vida dentro da comunidade
Quando a bateria aquece os tamborins
O nosso povo vai cantando assim”

Clique no player abaixo para ouvir o samba

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