Leandro enfrenta a chuva em último teste antes do desfile oficial

Antecipando seu terceiro ensaio técnico geral, a Leandro de Itaquera abriu a noite desta sexta-feira (3) de apresentações no sambódromo paulistano.

Com alguns minutos de atraso, o “Leão” chegou na pista para testar, pela última vez, sua comunidade antes do desfile oficial.

No embalo do clássico do Carnaval paulistano, “Babalotim”, originalmente apresentado em 1989, a vermelha e branca deu o tom do samba no Anhembi, por volta das 20h45. E junto com o primeiro acorde, a chuva, com um acompanhante, o vento.

Pela primeira vez na temporada, as caixas de som foram devidamente acionadas, ao longo de toda a Avenida, o que contribuiu para esquentar o clima do Carnaval que se aproxima.

Daniel Collete, intérprete oficial da agremiação, comandou o canto itaquerense e o carro de som, mostrando evolução harmônica na levada do samba, na comparação com as duas passagens anteriores. Concebida há 27 anos por Clarice, Thiago Lee, Sandrinha e pelo Grupo Relíquia, a composição ganhou outros elementos rítmicos, adaptando-se aos novos tempos e demandas dos desfiles, inclusive nos desenhos dos diferentes naipes da bateria de mestre Pelé, com destaque para os tamborins e agogôs. “Batucada do Leão” que foi ousada, distribuindo breques e paradinhas sucessivas impulsionando a evolução.

A já esperada abertura feita pela comissão de frente, foi novamente um dos destaques. A coreografia baseada nos movimentos interpretando Exu, com seus integrantes descalços “incorporando” o Orixá conhecido por abrir os caminhos, seguiu impressionando o pequeno público presente, devendo ser uma das vedetes na exibição em 26 de fevereiro.

A escola presidida por Leandro Alves Martins, o seo Leandro, passou pela pista enfrentando bravamente as condições adversas do tempo. E quem mais sofreu com o cenário imposto pela natureza, foi o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Diego Motta e Sara Araújo.

Abrindo mão dos calçados para enfrentar o piso escorregadio, a dupla teve dificuldade para executar sua coreografia. Por diversas vezes, o pavilhão acabou enrolado no mastro, comprometendo a performance.

Baianas e as alas dos demais setores vieram na sequência. Mais soltos, ignorando a água que caiu impiedosa, os componentes evoluíram com alguma irregularidade. Novamente, foram observados espaçamentos grandes dentro das alas ao longo de todo o conjunto.

O samba estava na ponta da língua dos desfilantes, mas também sem ainda comunicar com intensidade a letra, em boa parte do ensaio, que contou com contingente menor do que aquele que deve ser trazido para o grande dia.

A Leandro de Itaquera reedita no desfile do Grupo de Acesso deste ano o enredo “Babalotim, a história dos Afoxés”, e será a segunda a desfilar no domingo, 26 de fevereiro.

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