Leandro da Itaquera 2019: indígena, africana, cabocla e com muita fé

Lançamento do enredo 2019 da Leandro de Itaquera. Foto: SRzd – Guilherme Queiroz

O último enredo do Grupo de Acesso 1 do Carnaval 2019 em São Paulo foi conhecido nesta terça-feira (10).

“Ubatuba, o reconto do caboclo sob a luz do luar”, é o tema da Leandro de Itaquera para a disputa do próximo ano. O argumento aborda o amor de uma índia por um negro escravo. Dessa paixão, nasce o caboclo Ubatuba, personagem central da história e entidade da Umbanda, da falange de Oxalá.

+ Veja a galeria de fotos do evento de lançamento do enredo

+ Logomarca oficial do enredo

+ Karin Darling fala das dificuldades da escola em entrevista ao SRzd

+ Diretor da Leandro detalha enredo 2019

Com isso, o cardápio desta divisão está completo. Público e sambistas já conhecem as oito histórias que serão contadas no domingo de folia no sambódromo do Anhembi, em 3 de março, quandro a Leandro será a quinta escola a desfilar.

+ Ordem completa de desfile do Carnaval SP 2019

O encontro durante a mais fria noite do ano na capital paulista contou com discursos, promessas e encenação teatral, marcando o pontapé inicial dos trabalhos pelos lados da Zona Leste.

Confira algumas fotos do evento

(clique nas imagens para ver em tamanho ampliado)

O evento de lançamento do enredo aconteceu na Casa de Cultura do bairro de Itaquera, em mais um espaço utilizado pela agremiação nos últimos anos, período onde tem sofrido com a falta de uma sede própria.

O tema foi abordado nesta noite pela direção do “Leão”. A nova promessa é de que um projeto de terreno para uma futura quadra está em estudo junto a subprefeitura.

A ausência de uma sede colabora para que a entidade venha lutando com extrema dificuldade, uma vez que um local para a realização de ensaios e eventos sociais é fundamental para arregimentar e fidelizar a comunidade, além de ser um gerador de receitas.

Renovações e novidades para 2019

Além do enredo, a Leandro, através de sua diretoria, promoveu alterações importantes no elenco. Por outro lado, manteve algumas peças relevantes do time.

Entre renovações e novidades, destaque para a opção de abrir mão de um carnavalesco, nos moldes mais usuais, e contar com uma comissão para a concepção e execução do desfile: Denildo (criação de alegorias), Gemilson Durval e Dinei (direção de fantasias), Guilherme Estevão (criação visual), Augusto Oliveira (decoração de fantasias) e Leomax Castro (criação de fantasias específicas).

Para comandar a comissão de frente, chegou Zanza Santos. Na direção de harmonia, um trio, formado por Pica Pau, Maurício e Jenifer. Nos demais departamentos, Paulão estará a frente do setor de alegorias e  direção geral de Carnaval é de Fábio Flisch.

Seguem na vermelha e branca o mestre de bateria Pelé, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira José Luiz e Juliana, e o intérprete oficial Juninho Branco.

Em busca do Especial

No ano de 2019 a Leandro completa cinco Carnavais distante da divisão de elite.

Este ano, ficou com um “perigoso” sexto lugar no Acesso 1, flertando com o Acesso 2. O rebaixamento não veio por uma diferença de apenas seis décimos, mesma classificação obtida em 2016.

Nativa de um dos mais populosos bairros da capital e da mais populosa região de toda a cidade de São Paulo, a Zona Leste, a vermelha e branca segue em busca de reencontrar-se dentro das disputas carnavalescas.

A performance da escola nos últimos anos

Um pouco de história

Foi no ano de 1982, que um desejo inusitado deu origem a escola de samba Leandro de Itaquera.

Karin Darling pediu ao seu pai, Leandro Alves Martins, como presente de aniversário, uma escola de samba. E assim foi feito.

A ascensão da vermelha e branca da Zona Leste, foi rápida.

Em apenas seis anos, já figurava entre as agremiações do Grupo Especial do Carnaval paulistano.

E foi na década de oitenta que a Leandro viveu importantes e emblemáticos momentos destes seus 36 anos de vida, destacadamente no desfile de 1989; “Babalotim, a história dos Afoxés”.

Embalada pelo samba-enredo, considerado um dos mais populares de todos os tempos, a apresentação sacudiu as arquibancadas da Avenida Tiradentes, então palco do espetáculo.

Outra marca das primeiras pegadas do “Leão” na festa, ficou eternizada na voz feminina de Eliana de Lima, que por sete oportunidades, comandou o carro de som da escola.

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