Estrela do Terceiro Milênio inicia escola de formação de ritmistas

A escola de samba Estrela do Terceiro Milênio inicia pelo décimo segundo ano sua escolinha de formação de ritmistas para quem já tem experiência com percussão ou não.

“É uma oportunidade para aprimorar ou aprender conhecimentos musicais e dominar um instrumento. Todos os anos os alunos que se destacam são absorvidos para a bateria oficial”, explica o mestre da bateria Diego Silva, que segue para seu décimo primeiro ano a frente da “Pegada da Coruja”.

As aulas incluem os seguintes naipes: cuíca, agogô, timbal, chocalho, tamborim, caixa, repenique e os surdos. O projeto tem em média mais de 20% de aprovação de alunos inscritos para fazerem parte da bateria oficial da agremiação.

“Se tem uma coisa que todo mundo deveria fazer pelo menos uma vez na vida é desfilar na bateria de uma escola de samba. É uma das melhores sensações que alguém pode sentir. É uma emoção inexplicável”, diz a diretora Thalita Oliveira, que há cinco anos está na bateria e ministrará as aulas de agogô.

Mais sobre o mestre Diego Silva

Músico prodígio, Diego Silva foi o escolhido para assumir a bateria “Pegada da Coruja” no dia do desfile oficial em 2008 no Carnaval “Feijoada, das sobras ao prato principal”, ano em que a escola foi campeã do extinto Grupo 2 da Uesp, atual Acesso 2.

Desfile 2018 da Estrela do Terceiro Milênio. Foto: SRzd – Wadson Ferreira

O jovem ritmista assumiu a responsabilidade de coordenar a bateria e ainda tocar repinique, seu principal instrumento. Mesmo com tantos desafios em sua estreia conquistou a nota máxima e, desde então, permaneceu no cargo e fez história.

“Fui crescendo e evoluindo junto com meus diretores e ritmistas. Hoje a Pegada da Coruja tem a minha cara e todos os anos aproveitamos a escolinha para nos reciclar”, conta Diego.

Além de dominar o repinique, instrumento conhecido por dar o tom do ritmo ou, na linguagem dos batuqueiros, é o que “chama” a bateria para iniciar o som, Diego também toca outros naipes como surdos, caixa, chocalho, timbal e tamborim. Ele conta com o auxílio de nove diretores para a coordenação dos músicos.

Conheceu a percussão aos oito anos através de um primo que tinha um grupo de pagode e Diego frequentava os ensaios e durante as pausas ele ficava “batucando” nos instrumentos. No ensino médio, participou de aulas de percussão ministradas pela ONG Bascri, onde anos depois se tornaria professor.

Aos quinze anos anos decidiu aperfeiçoar suas técnicas e fez aulas no Souza Lima e também com o percussionista, Jorginho Marques, que foi quem o levou para a Estrela do Terceiro Milênio onde tocou surdo, caixa e repenique. Desfilou dois anos como ritmista e depois assumiu a direção do ritmo. Hoje Jorginho é seu diretor de timbal na bateria. Diego é formado em Engenharia de Controle e Automação e atua nas duas carreiras.

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