Colunista do SRzd conta o que viu no primeiro final de semana de ensaio gerais

Com o intuito de assistir aos desfiles técnicos, fui ao sambódromo Anhembi, na noite do sábado, 15 de janeiro.

Levei mais de 1h30 para estacionar no espaço designado aos foliões, dentro da passarela do samba. Havia excesso de pedestres e carros. Dois agentes de tráfego tentavam organizar o contingente. Nas cabines de imprensa, os banheiros estavam trancados e, na pista, as cadeiras e mesas plásticas foram removidas. Acredito que, com a nova gestão política, a passarela do samba esteja prestes a uma reforma. Apenas não entendi porque foi aberta ao público em condições primárias.

Revi baluartes, personalidades, sambistas e muita gente feliz. Foram quatro agremiações que desfilaram com seus componentes. A priori, todos estarão presentes no desfile oficial. A ideia desse evento é observar e corrigir tecnicamente os quesitos julgados, em especial, evolução, harmonia, bateria e o tempo.

Após um ano duvidoso, em que a maioria dos cidadãos mostrou a preocupação com a crise econômica e política, também conferi um pouco do lado genuíno do brasileiro. A alegria e a satisfação em celebrar, sorrir e cantar. Os sambistas são criativos e dedicados ao Carnaval. A emoção é tamanha e a maioria procura esquecer as adversidades para curtir a festa. Afinal, serão alguns momentos de descontração. E precisamos disso!

Ao encontrar Mauricio Pina, um dos destaques mais queridos do Carnaval, conversamos rapidamente sobre as bodas de pérola que ele comemora esse ano – e desfilará em São Paulo na Rosas de Ouro e Mocidade Alegre; e no Rio, na Acadêmicos do Salgueiro. São 30 anos de história dentro das passarelas do samba.

Afeição, capricho e gentileza são três características de Pina. Em qualquer lugar ele é solícito e gentil. E desta maneira o encontrei no sambódromo, após participar de um ensaio técnico. Diretor criativo de uma das maiores redes de salão de beleza, o hairstylist é patriota nato. Embora tenha estudado em solo internacional, ele reitera que tudo começou no Brasil. Sua paixão pelo Carnaval o leva produzir os figurinos e, recentemente, comentou durante uma entrevista:

“Serão três momentos importantes e comemorarei os 30 anos dividindo uma escola para cada década”. Ele merece. Vivencio esses bastidores e, sem dúvida, comprovo que o segmento é complexo. São dias inteiros voltados para o evento. Vamos conferir os desfiles – técnicos e oficiais – e aplaudir todas as agremiações pelo trabalho anual. Bora para a apoteose!

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