Sambistas fazem protesto contra o corte da subvenção para o Carnaval do Rio

Sambistas cariocas manifestaram-se na tarde deste sábado (17) contra o corte de 50% da subvenção municipal para as escolas de samba do Rio, anunciado pelo prefeito Marcelo Crivella.

A concentração aconteceu em frente a sede da prefeitura e caminharam em passeata até a Marquês de Sapucaí. No trajeto cantaram e empunharam pavilhões de diversas agremiações da cidade. Segundo estimativa da Polícia Militar, cerca de 300 pessoas participaram do evento convocado através das redes sociais.

Assista ao vídeo publicado no Facebook com trecho da manifestação:

Presentes, integrantes de diferentes escola e profissionais do segmento. Entre eles, o carnavalesco Mauro Quintaes, que através de sua página pessoal no Facebook lamentou a baixa adesão: “Aonde estão as escolas que durante toda semana se manifestaram????? Uma pena. Senti falta da presença de todos os segmentos, baterias, presidentes…enfim”, escreveu Quintaes.

Marquês de Sapucaí. Foto: Mauro Quintaes

Castanheira propõe consenso

Em recente entrevista ao SRzd, o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, Liesa, Jorge Castanheira, disse que é possível se chegar a um consenso junto a administração Crivella . Clique no player abaixo para ouvir:

Saiba mais sobre o tema:

O possível corte, anunciado pela prefeitura, de 50% na subvenção para as escolas de samba do Grupo Especial, reduzindo a verba para um valor fechado de um milhão de reais, por agremiação, é o assunto mais comentado entre os sambistas cariocas

Como o SRzd adiantou em outras reportagens, o administração Crivella argumentou que vive uma crise financeira e sua intenção é deslocar o dinheiro do Carnaval para dobrar (de R$ 10 para R$ 20) o valor diário gasto com cada uma das 12 mil crianças matriculadas em 158 creches conveniadas com o município.

O principal argumento dos dirigentes das escolas de samba para defender a liberação integral da subvenção é que elas realizam um evento rentável para a cidade, arrecadação para a prefeitura e incentivo ao turismo local.

A tese é compartilhada pelo presidente da ABIH, Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Alfredo Lopes. A Riotur, órgão da prefeitura, reconhece que a festa movimenta R$ 3 bilhões no período, aumentando os dividendos com impostos.

Se a tese de Crivella prevalecer, as agremiações passarão a receber o mesmo que recebiam antes da posse de Eduardo Paes, em seu primeiro governo. Em média, o custo de um desfile no Grupo Especial gira em torno de R$ 6,5 milhões. As entidades dos demais grupos também devem receber um montante menor de recursos, no entanto, o volume dos cortes ainda não foram divulgados.

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