Pesquisadores debatem a criação de um enredo no Carnaval

Palestra “Enredo: Concepção, Pesquisa e Desenvolvimento”. Foto: Reprodução/Facebook.

A última quarta-feira (8), no seminário “Escolas de Samba: História Pública, Saberes e Arte” realizado pela Universidade Federal Fluminense (UFF), foi marcada pela palestra “Enredo: Concepção, Pesquisa e Desenvolvimento”. A mesa foi composta pelos pesquisadores Carlos Carvalho, João Gustavo Melo e Lucas Bártolo com mediação do professor Luiz Anselmo.

Carlos Carvalho iniciou o debate mostrando como se dá o processo de desenvolvimento de um enredo, processo do qual não há uma fórmula e precisa de bagagem e experiência. Também falou da importância da fácil compreensão do público em um desfile, ao identificar fantasias e alegorias sem necessidade de roteiro: “O carnavalesco é um mediador cultural”, afirmou.

João Gustavo Melo explicou e exemplificou vários tipos de enredos (abstratos, históricos, de homenagens, etc.) e contou a experiência em seus trabalhos no Salgueiro. Além disso, fez críticas à relação difícil entre diretores, presidentes, carnavalescos e enredistas: “Ter um bom diretor de carnaval é de extrema importância para um bom trabalho. Por isso, esse posto não pode ser de qualquer um. Quer ser diretor de carnaval? Estude!”, afirmou João.

Por fim, Lucas Bártolo explanou sua pesquisa sobre enredos que mencionavam os santos São Cosme e Damião nos últimos carnavais e apontou o papel do enredo como reflexão da sociedade brasileira.

O seminário “Escolas de Samba: História Pública, Saberes e Arte” foi organizado pelo Instituto de História e aconteceu nos dias 6, 7 e 8 de novembro ao oferecer diversas palestras sobre o universo do Carnaval, de forma gratuita e aberta ao público. A equipe do SRzd esteve presente.

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*em colaboração ao SRzd.

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