Mart’nália sobre Paulo Barros: ‘Espero que fique bem longe da minha escola’

Mart'nália. Foto: Reprodução/Facebook

Mart’nália. Foto: Reprodução/Facebook

A cantora Mart’nália não frequentou a Unidos de Vila Isabel, sua escola do coração, durante o Carnaval de 2018. Em entrevista ao jornal O Globo, ela conta os dois motivos: “Não fui lá no Carnaval porque fiz o samba da Unidos da Tijuca e andava de saco cheio da Vila Isabel, até então com o Paulo Barros”. Agora que o carnavalesco foi para a Unidos do Viradouro, a cantora está de volta à Vila.

“Espero que fique bem longe da minha escola. Na escola dos outros, é incrível. Na minha, óbvio que não ia dar certo. Vila é liberdade, boemia, samba. Não combina com aquele carnaval grandioso, uóóó! Tirou as características da escola, o que acaba afastando muita gente. Agora, volta todo mundo, êêê! Está tudo lindo”, falou.

Na entrevista, Mart’nália contou também sobre o filme que está sendo produzido sobre a vida de seu pai, Martinho da Vila. “Vamos contar a história através da música dele. Coisas que não estão no Google. O diretor Estevão Ciavatta (diretor e roteirista) está com a gente. Vamos falar da relação do meu pai com Angola, seus 14 livros, a passagem pelo Exército… Sabia que ele foi o primeiro cara a cantar música de macumba na rádio? ‘O sino da igrejinha faz belém, blém, blom’. E ele foi coroinha de igreja!”.

A cantora disse ainda sobre sua sexualidade. “Nunca transei com homem. Sempre namorei menina”. Mart’nália contou que namora menina desde os 10 anos. “Não tinha negócio de gay ou não gay. Sempre tive cara e jeito de menino, e as meninas se permitiam. Eu agarrava elas, elas me agarravam”, contou. “Minha família é esquisita, sabe? Minha avó dizia: ‘Essa menina nasceu com o sexo trocado’. Eu não queria botar camisa, ficava jogando bola, soltando pipa, não brincava com as primas. Na hora do ‘pera, uva, maçã, salada mista’, os meninos iam dormir, e eu ficava beijando as meninas. Muito tempo depois, fizeram fofoca pro meu pai, e ele disse: ‘Você podia ter me falado’. Eu respondi: ‘Ué, mas eu nem sabia o que era’. O pessoal botou peso numa coisa que era normal pra mim. Não tive que mudar de jeito, nem de roupa. Nunca olhei pra homem, não”.

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