Leia a sinopse do enredo da Arame de Ricardo para o Carnaval de 2019

Bandeira do Arame de Ricardo. Foto: Divulgação

Bandeira do Arame de Ricardo. Foto: Divulgação

Oitava colocada no último Carnaval, a escola de samba Arame de Ricardo levará para Avenida pela Série B em 2019 o enredo “O Primeiro bailarino do Carnaval”.

A entrega dos sambas concorrentes está marcada para o dia 18 de abril das 8h às 22h através do e-mail: [email protected] ou pelo WhatsApp (21) 9 6462 5163. Os compositores não precisam fazer gravações em estúdio.

As seis obras classificadas participarão da semifinal no dia 6 de maio. Quatro sambas serão classificadas para a final que será realizada no dia 12 de maio.

Sinopse:

Estrada do Portela 446, Oswaldo Cruz, anos 50…
Quem era aquele menino? Franzino, travesso, moleque sonhador, mal sabia que carregava em seus pés a poesia. Embalado no berço do samba carioca, tia Dodô sempre ao seu lado, teve na lendária porta bandeira uma companhia e talvez a primeira parceria. Ali, no lugar onde cresceu, Natal em uma de suas ordens mais felizes o intimou a sambar, nascia onde hoje chamam portelinha, uma das trajetórias mais bonitas do carnaval.
Seus pais , seu Argemiro , primeiro Pandeirista da história da Portela e Dona Jacyra, presidente de ala , baiana e velha guarda , não imaginavam que seu filho “Noninho” se tornaria um dos maiores nomes da escola a qual dedicaram tantos anos de suas vidas.
Que venham todos os baluartes, a nata, vamos evocar mesmo os que já não estão neste plano para prestar esta homenagem e reafirmar nossos valores.
Negro, de talento natural, bailarino, alcunha concedida por nomes como Mercêdes Batista, Valter Ribeiro e Vilma Vernon.
Ao lado de Virgínia Lane fez sua primeira viagem, não demorou para ganhar o mundo, foram centenas de shows representando nossa cultura. Gafieira, danças típicas regionais, africanidade , e claro, o samba.
Coreógrafo, algumas de suas comissões de frente permeiam o imaginário de quem ama os desfiles , quem não lembra dos escafandristas na campeã Mocidade em “Chuê Chuá… as águas vão rolar” 1991? Os jogadores de basquete na mesma Mocidade em ” Marraio feridô sou rei “1993? As figuras carnavalescas do inesquecível ” Gosto que me enrosco da Portela em 1995? Sem falar na tradicional ala sambarte , resistência de décadas, dentre tantos outros trabalhos…
Mestre Sala, um dos maiores de todos os tempos, garboso, altivo, protegeu pavilhões, cortejou porta-bandeiras, deslizou seu dom na passarela da fantasia, guardião das nossas raízes, ensina até hoje os fundamentos da dança.
Religioso, filho de Oxum e Xangô, carrega na fé a força pra enfrentar as dificuldades, e confia na justiça.
Sacerdote, quem guarda os preceitos da religiosidade portelense, da conversa ao pé do ouvido com São Sebastião, ao altar dedicado a Nossa Senhora da Conceição, padroeira do mundo criado por um certo “professor”.
Nos dias de hoje, onde nossa luta é nos manter como expressão cultural maior da cidade, o Arame de Ricardo presta essa homenagem mais do que justa, a um ícone do carnaval, um sambista que lutou contra o preconceito e venceu, orgulho da gente, representante do ideal de Paulo Benjamin de Oliveira.
Baila Jerônimo!!! Esta avenida é sua, deixa Ricardo de Albuquerque encantar com sua história, nos empresta seu gingado , abre nossos caminhos, seja nosso mestre de cerimônias, faz a harmonia. Olhe a sua volta, seus amigos dos tempos do Bangu, Jacarezinho, Arranco, Santa Cruz, União da Ilha, Salgueiro, Mocidade, Imperatriz, todo mundo do samba e a sua Portela, ah Portela… veja esta avenida em azul e branco, teu povo veio te abraçar e em uma só voz dizer…

Ao primeiro bailarino do carnaval…
Muito obrigado

Samir Trindade

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