Jorge Silveira comenta exigências do Ministério do Trabalho: ‘Reformas estruturais muito profundas’

Jorge Silveira, carnavalesco da São Clemente. Foto: Reprodução.

Jorge Silveira saiu da Série A, onde foi o responsável pelo desfile de 2017 da Viradouro, mas permaneceu com dificuldades para a realização do Carnaval mesmo no Grupo Especial. Ao enfrentar um ano de crise e de muitos problemas, o carnavalesco encontra-se impedido de trabalhar devido a interdição do barracão da sua escola São Clemente. Em conversa com o SRzd, Jorge falou abertamente sobre a situação, detalhou as exigências feitas pelo Ministério do Trabalho e avaliou o andamento do projeto da São Clemente, que exalta os 200 anos da Escola de Belas Artes.

O carnavalesco afirmou não ter uma previsão de quando os barracões estarão liberados e do tempo que levará para realizar as adaptações exigidas pelo Ministério. Ele afirmou concordar com a regularização do trabalho dos profissionais, mas alertou para o pouco tempo que resta até o Carnaval: cerca de cem dias.

Ouça a declaração de Jorge Silveira:

O carnavalesco também detalhou as mudanças que foram pedidas e considerou algumas muito profundas e difíceis de se realizar:

– Bom, a gente sabe que estão pedindo a instalação de ralos em locais muito complicados de se fazer a instalação, estão pedindo a abertura de locais de ventilação em alguns pontos da estrutura, estão pedindo a abertura pra ventilação no teto, estão pedindo a reformulação de algumas instalações elétricas… tem coisas que se consegue fazer mais rapidamente, outras são mudanças estruturais mais profundas. E o prédio foi projetado pela própria prefeitura para a utilização das escolas de samba. Então, a gente fica num dilema, porque a gente precisa fazer o Carnaval e precisa fazer as adaptações e eles não deixam a gente continuar o trabalho enquanto não fizer as mudanças.

Apesar dos problemas, de acordo com Jorge, a São Clemente não se encontra atrasada.

– No caso particular da São Clemente, eu tinha uma vantagem porque eu comecei a construção do projeto em junho, então, eu estou significativamente adiantado. Já tenho carro recebendo pintura de arte, tenho mais da metade da escola na madeira, está tudo bem avançado. É claro que o que nós tínhamos de ‘gordura’ antes, de tempo de sobra, não existe mais. Agora a gente está no limite da sequência natural – afirmou o carnavalesco.

PREFEITURA PAGA PARTE DA SUBVENÇÃO

Na última quarta-feira (01), a prefeitura do Rio de Janeiro realizou o pagamento de 45% da subvenção referente ao Carnaval 2018. Cada uma das 13 agremiações do Grupo Especial, incluindo a São Clemente, recebeu 450 mil. Apesar disso, a Cidade do Samba continua interditada e as escolas impedidas de trabalhar.

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