Integrantes da Beija-Flor falam sobre final desta quinta e Misailidis descarta fusão

Selminha Sorriso, porta-bandeira da Beija-Flor. Foto: Eduardo Holanda.

A Beija-Flor de Nilópolis encerra a temporada 2018 de disputa de samba-enredo nesta quinta-feira (19) com sua final. O evento será na quadra, localizada em Nilópolis, e terá início a partir das 22h. Quatro obras estão na briga pelo direito de representar a escola e o enredo “Monstro é aquele que não sabe amar! Os filhos abandonados da pátria que os pariu”, idealizado por Marcelo Misailidis e desenvolvido pela Comissão de Carnaval. O SRzd procurou representantes da agremiação para comentar acerca das expectativas para a última final do Grupo Especial.

Vote: qual samba merece ser o escolhido pela Beija-Flor?

Laíla, diretor de Carnaval, deixou claro que vencerá a disputa o samba que conquistar a comunidade: “A expectativa é grande, né? Estamos esperando fazer uma grande festa e montar um grande espetáculo na quadra. E, claro, escolher o samba certo, o samba que a comunidade aderir, porque eu só levo pra avenida o samba que a comunidade quer”.

Marcelo Misailidis, coreógrafo da comissão de frente e idealizador do enredo, acredita que todos os finalistas conseguiram compreender e expressar o tema nas obras: “Eu tenho acompanhado o processo de seleção e estou satisfeito. Todos os sambas retratam o enredo, cada um a partir da sua ótica, mas com muita qualidade. A liberdade que demos aos compositores foi fundamental para que cada um trouxesse o tema de uma forma poética”.

Além disso, Marcelo descartou a possibilidade de junção e afirmou estar dividido entre dois sambas: “Nos dá muita alegria e, ao mesmo tempo, pena por ver obras tão bonitas perto de seu objetivo final, quando somente uma conseguirá. Fusão é o tipo de coisa que acontece quando há dois sambas bons, mas carecem de alguma questão do enredo, o que não é o caso da final. Posso dizer que todos os finalistas estão vivos na disputa. Da minha parte, existem dois que tenho uma afinidade maior”, declarou.

Já Selminha Sorriso, porta-bandeira, esclareceu que, diferente do ano passado, quando declarou seu apoio ao samba campeão no meio da disputa, não irá torcer para nenhum finalista em especial: “Vou repetir o que eu fiz na semifinal. Irei torcer para todos os sambas e sambar no meio das torcidas. Esse ano, temos quatro grandes sambas que expressam muito bem a mensagem do nosso enredo e eu vou curtir todos eles, né? (risos)”.

A porta-bandeira que já tem o costume de preparar trajes especiais para as finais, deu dicas da sua roupa: “Ela tá quase pronta. Tenho certeza que todo o brasileiro vai se identificar. Eu, como alguém que amo o meu país independente de tudo, estou muito orgulhosa por vesti-la”.