Império Serrano grava para CD do Grupo Especial e presidente aprova: ‘Samba passou no teste’

Comunidade esteve presente na gravação do Império Serrano nesta segunda (15). Foto: SRzd

“Cantar, e cantar, e cantar” foi o que fez o Império Serrano na tarde e noite desta segunda-feira (15) na Cidade do Samba. A escola levou bateria e comunidade para a gravação do CD de sambas-enredo do Grupo Especial 2019. Foi a primeira ‘prova de fogo’ da música de Gonzaguinha, “O que é, o que é?”, escolhida pela agremiação para ser o hino da verde e branco no próximo ano. Para a presidente Vera Lúcia, o samba passou no teste: “Tá aprovadíssimo”, disse.

– Veja vídeo da gravação

– Confira a análise do enredo feita pelo SRzd

Desde que o Império escolheu a obra como samba do próximo Carnaval, criou-se muita expectativa acerca do funcionamento da música como samba-enredo. Rafael Prates, responsável pelo arranjo da gravação, já havia sido contratado pela agremiação para trabalhar na adaptação de “O que é, o que é?” para o gênero. Ele conversou com o SRzd e deu detalhes do processo.

Na tarde desta segunda (15), sob o comando de Laíla, produtor do CD, os imperianos levaram cerca de 30 minutos para concluir a gravação do coro. Em determinados momentos, Laíla parava a gravação para repetir alguns trechos de maior dificuldade, como “Você diz que é luta e prazer/Ele diz que a vida é viver/Ela diz que melhor é morrer/Pois amada não é/E o verbo é sofrer” e “É a vida/É bonita/E é bonita”.

É de meter inveja em qualquer escola de samba

“Foi a melhor de todas, não quero saber quem ainda não gravou”, brincou Vera Lúcia ao fim da gravação. A presidente fez questão de exaltar a comunidade imperiana, representada na gravação em grande parte por baianas, velha-guarda, diretores de harmonia, musas e casais. “Foi maravilhoso. Nós sabemos que é um sacrifício fazer uma gravação dessas, mas eu ouvi o resultado na sala da produção e ficou um sonho. Eu só tenho que agradecer por esse empenho de estarem aqui em pleno feriado. É de meter inveja em qualquer escola de samba.” A rainha de bateria Quitéria Chagas também esteve na gravação. A dançarina veio direto de Milão, na Itália, e enfrentou 12 horas de voo.

Bateria entra na segunda passada e faz ‘batida do coração’

Primeira a gravar na Cidade do Samba, a bateria do Império Serrano iniciou os trabalhos por volta das 14 horas. Comandada por mestre Gilmar, os ritmistas tocaram somente na segunda passada da gravação. Assim como ocorreu em algumas escolas no CD de 2018, a primeira parte do samba foi ao som de tantan, pandeiro e atabaque. Uma das convenções feitas pela Sinfônica do Samba que chamou atenção foi quando os instrumentos imitaram a batida do coração no trecho “Diga lá, meu irmão/Ela é a batida de um coração/Ela é uma doce ilusão/Êh! Ôh!”.

O alusivo da escola é cantado pelos intérpretes Silas Leléu e Anderson Paz. Os versos foram criados especialmente para a abertura da faixa e fazem referência à bateria de mestre Gilmar, com o tradicional toque do agogô. “O que é, o que é? É o Império no coração. O que é, o que é? Verde e branco é paixão. O toque do agogô não tem igual. A Sinfônica sensacional.”

Comentários

 




    gl