Grande Rio: Plástica de alegorias é destaque; público aplaude Ivete Sangalo

Foto: Juliana Dias

A Grande Rio foi a segunda agremiação a desfilar na Marquês de Sapucaí na noite deste domingo (27), pelo Grupo Especial do Rio de Janeiro. Apoiada no enredo “Ivete do rio ao Rio”, a tricolor de Duque de Caxias homenageou a cantora baiana Ivete Sangalo. O maior destaque da escola foi o conjunto alegórico, com bom acabamento, muitos efeitos especiais e com imponência no tamanho. Com méritos e aplausos ao carnavalesco Fábio Ricardo e sua equipe.

Foto: Juliana Dias

Fantasias extremamente volumosas, porém, podem não ter ajudado tanto na evolução dos componentes: em algumas alas, dava para ver sambistas enfileirados, sendo “apertados” por diretores de harmonia. Via-se uma espécie de “compactador de gente”. Foi a percepção do SRzd. É sabido que isso aconteceria já que a escola traz grande número de desfilantes.

Foto: Juliana Dias

A comissão de frente, coreografada por Priscilla Motta e Rodrigo Negri, representou a saída de Ivete Sangalo da Bahia em direção ao Rio. A cantora fez uma participação, recebendo respostas positivas do público, mas causando grande alvoroço no entorno onde ela passava: nas laterais, alguns “seguranças” tentavam barrar a passagem de transeuntes, só que acabava atrapalhando o trabalho da imprensa, necessária para que a festa seja divulgada mundo afora.

Vale registrar nesta reportagem a truculência de alguns destes “seguranças”: o repórter que vos narra foi puxado violentamente pelo braço esquerdo, o que atesta total despreparo dessa gente.

Ainda sobre a comissão de frente, o que pode ser dito é que, mais uma vez, o casal Negri, premiado em outras vezes pelo portal, mostrou novamente que sabe impactar o público.

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, representado por Daniel Werneck e Verônica Lima, veio com a fantasia “Amantes da Ilha do Fogo”. Com fantasia luxuosa, a dupla desenvolveu bem sua missão, em uma pista molhada pela garoa fraca que insistia em permanecer no céu da Avenida.

Foto: Juliana Dias

O abre-alas, gigantesco, trouxe “A Serpente Encantada e Nossa  Senhora”, parte do enredo que narra as lendas baianas.

Foto: Juliana Dias

O segundo setor relembrou as memórias familiares de Ivete. A alegoria correspondente a este momento mostrou a época que a cantora deixou Juazeiro do Norte, sua cidade natal, rumo a Salvador para iniciar seus sonhos e carreira musical.

No setor três, o público conheceu “As magias da folia de Salvador”, quando foram retratados vários aspectos culturais desta cidade, inclusive o Carnaval dos trios elétricos, do Olodum. Um carro mostrou Salvador e suas características religiosas e festivas.

O quarto setor tratou especificamente do gênero musical axé. Mostrou a trajetória de Ivete, inclusive sua passagem pela Banda Eva. O quarto carro mostrou uma astronave, referindo-se a uma das músicas de maior sucesso da cantora, até então componente daquele grupo: “Eva”. Nesta alegoria, veio Xuxa.

O quinto carro mostrou o sucesso internacional de Ivete: “Os mundos do meu palco” foi o título dado a este elemento.

A agremiação encerrou o desfile com uma alegoria representando um grande trio elétrico. O curioso é que a homenageada, anteriormente tendo participado da comissão de frente, apareceu neste carro, levando o público, mais uma vez, ao “delírio”.

Bateria de mestre Thiago Diogo é outro destaque

A bateria de mestre Thiago Diogo mostrou total entrosamento com o carro de som, liderado pelo intérprete Emerson Dias. O comentarista Bruno Moraes, do SRzd, opinou: “Os ritmistas fizeram boa apresentação. Passaram muito bem. A única observação que vale destacar foi o volume da fantasia, que tinha um chapéu gigante. Isso me preocupou bastante, mas percebi que houve boa evolução e não impactou no andamento nem na apresentação”.

Quanto ao samba, o que pode ser dito é que a comunidade caxiense cantou com toda garra, mostrando que a escola tem “chão”. Confira as análises por parte dos comentaristas do SRzd:

Hélio Ricardo Rainho: enredo, fantasias e alegorias

Bruno Moraes e Cadu Zugliani: bateria e carro de som

Márcio Moura: comissão de frente 

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