Casal da Alegria da Zona Sul: entrosamento para garantir boas notas pelo 2º ano

A mais de 2 meses do Carnaval, a maratona de ensaios no Sambódromo já começou para o 1º casal de mestre-sala e porta-bandeira da Alegria da Zona Sul, Bárbara Falcão e Wanderson Orelha. Os dois riscam a Passarela do Samba nas noites de terça, quinta e sexta, sempre depois do trabalho. Bárbara, de 22 anos, é professora de educação física. Wanderson, de 30, trabalha como motorista e operador de empilhadeira. A dupla vai para o segundo desfile juntos em 2017 e já acumula excelentes resultados. No ano passado, o quesito Mestre-Sala e Porta-Bandeira foi o que rendeu as notas mais altas à Alegria da Zona Sul e ajudou a levar a escola a conquistar uma comemorada 10ª colocação na Série A. “Foi uma sensação maravilhosa, uma grande emoção receber as notas. Todo empenho e dedicação foram recompensados”, diz Bárbara.
Menina-prodígio, a jovem Bárbara nasceu – literalmente – na folia. Veio ao mundo no dia 11 de fevereiro, uma sexta-feira de Carnaval. Criada numa família de sambistas, desfilou em escolas mirins e aos 12 anos conheceu o projeto de Mestre Sala e Porta Bandeira Manuel Dionísio, que existe desde 1990 e desde então virou referência na formação de casais. Bárbara nunca mais parou de bailar, passando por Boêmios de Inhaúma, Unidos do Cabral, Arrastão de Cascadura, Rosas de Ouro, Império da Tijuca e  Império Serrano. Suas referências são nomes consagrados como Selminha Sorriso, Verônica Lima, Lucinha nobre e Rute Alves. Fora da folia, Bárbara gosta de ir à praia, teatro, cinema e assistir a shows de MPB e samba. Ela não perde um ensaio da Alegria: “o clima na escola é familiar, alegre e descontraído, com boa interação entre todos os segmentos. Sempre me sinto em casa, pois além de morar no mesmo bairro de origem da Alegria encontro com fundadores, diretores e componentes no meu cotidiano. São meus vizinhos em Copacabana!”.
Wanderson “Orelha” nasceu em Niterói e entrou no mundo do samba por influência de um vizinho: “Começamos a dançar na varanda de casa, de brincadeira, mas a avó dele viu que eu tinha jeito para a coisa e me levou para a Acadêmicos do Cubango”. Como inspiração na carreira ele cita Ronaldinho do Salgueiro – morto em 2013 – “pela leveza no cortejo e grande elegância, e Róbson, pela rapidez no riscado grande malandragem”. Quando não está envolvido com a folia, o mestre sala da Alegria da Zona Sul gosta de jogar futebol, sair para dançar, assistir televisão, correr e ir à academia. Indo para o 2º ano na agremiação de Copacabana, Wanderson já passou por Unidos da Ponte, Arranco do Engenho de Dentro, Acadêmicos do Cubango e Renascer de Jacarepaguá. Ele lembra com carinho do ano de estreia na Alegria: “Foi um desfile muito feliz, com a escola linda homenageando Ogum. E foi incrível ter a melhor nota, ajudando muito no resultado final. Para um casal que tinha acabado de se formar não podia ter sido melhor”;
E assim como no ano passado, o 1º casal vem numa posição de destaque novamente em 2017. O carnavalesco Marco Antônio Falleiros colocou a dupla logo no começo do desfile em homenagem à Madrinha do Samba, Beth Carvalho. A Alegria da Zona Sul é a 2º escola a desfilar no Sambódromo na sexta-feira de Carnaval.

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