Carnaval 2017: A dança das cadeiras das baterias

Lá vamos nós a mais uma jornada! Ano novo chegando e com ele, os ensaios técnicos no Sambódromo. O carnaval tardio de 2017 nos poupou dos melancólicos ensaios nas vésperas do Natal que vem acontecendo nos últimos anos. A festa começa no segundo fim de semana de janeiro com Império Serrano, Tuiuti e Ilha.

E o que esperar das baterias para o ano que vem? No Grupo Especial, nenhuma mudança, o que há muito tempo não acontecia. Todas as onze escolas que permaneceram no grupo mantiveram seus mestres, justiça feita aos belíssimos trabalhos e à evolução que as baterias vem apresentando ano após ano. A única novidade fica por conta de Ricardinho, que estreia no Especial com a Paraíso do Tuiuti. Ricardinho é oriundo da bateria da Vila Isabel, onde começou a desfilar em 1995. Rodou diversas escolas como ritmista ou diretor de tamborins e teve seu auge no início dos anos 2000 quando formou uma das melhores alas do Rio na Unidos da Tijuca. Em 2003 teve sua primeira oportunidade no próprio Tuiuti. Andou por Cubango, Arranco, Jacarezinho e retornou à escola de São Cristóvão em 2014.

Na Série A, a dança das cadeiras foi bem discreta, mas proporcionou mudanças significativas. A mais marcante foi a saída de Capoeira da Império da Tijuca. Depois de dez anos comandando a bateria da Formiga, o Mestre, tido como uma pessoa extremamente querida por todos do meio, foi substituído por um trio de rapazes da própria escola: Jordan, Paulinho e Júlio. Capoeira esteve na Alegria da Zona Sul mas permaneceu apenas alguns meses. Claudinho, ex-Tuiuti, comandará a bateria da escola de Copacabana.

Mas onde o bicho pegou mesmo foi em Niterói. Depois de dois ótimos anos na Cubango, Maurão continuará do outro lado da poça, porém defendendo as cores da Viradouro, bateria que vem de dois excelentes desfiles, com Pedro Magrão/Herinho em 2015 e Paulinho Botelho em 2016. Demétrius assumiu seu lugar na verde e branco e deve manter o bom trabalho. Também em Niterói, a Acadêmicos do Sossego, que retorna à Sapucaí, trouxe de volta Átila e, um pouco mais pra lá, a Porto da Pedra contratou Pablo, que saiu da Viradouro em 2014, para substituir Celinho.

Renascer, Unidos de Padre Miguel, Santa Cruz, Império Serrano, Estácio, Curicica, Inocentes e Rocinha mantiveram seus Mestres.

Faltam pouco mais de duas semanas para começarnos a conferir como está o ritmo que sustentará o nosso carnaval.

Até a Sapucaí!

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