Carlinhos Salgueiro e o seu segredo para 2018 guardado a sete chaves

Carlinhos Salgueiro. Foto: Reprodução/Facebook

Carlinhos Salgueiro. Foto: Reprodução/Facebook

Em 2018, Carlinhos Salgueiro, de 42 anos, completará 10 anos como destaque na escola que é seu sobrenome artístico. Coreógrafo e passista, ele concedeu uma entrevista ao jornalista Sidney Rezende, diretor do SRzd, em que falou, entre outras coisas, sobre o desfile do próximo ano.

“Fiquei muito emocionado quando cheguei da minha turnê. Tive uma reunião com o novo carnavalesco (Alex de Souza), o diretor de Carnaval (Alexandre Couto) e a Regina (Celi, presidente). Eles criaram um personagem para mim que vai ser incrível. Infelizmente, ainda não posso contar o que é. Mas é uma coisa que nunca fiz e muito grandiosa”, revelou. Apesar de manter segredo, Carlinhos Salgueiro adiantou ao SRzd que continuará na ala do Maculelê. “É uma ala xodó. A Regina gosta muito e nós também gostamos muito dela. A surpresa vai ser ali”.

Carlinhos Salgueiro. Foto: André Melo-Andrade / Reprodução Facebook Carlinhos Salgueiro
Carlinhos Salgueiro. Foto: André Melo-Andrade / Reprodução Facebook Carlinhos Salgueiro
Regina Celi e Carlinhos Salgueiro. Foto: Reprodução/Facebook
Regina Celi e Carlinhos Salgueiro. Foto: Reprodução/Facebook

Carlinhos é do Salgueiro e também do mundo. E sua presidente sabe disso e o apoia. “No começo, a Regina ficava com pé atrás das minhas idas lá para fora. Mas agora, ela está vestindo a camisa, me apoia, me dá certificado, roupa para eu ir, faz tudo”. O reconhecimento fez com que Carlinhos fizesse um pedido à comandante do Salgueiro. “Estou vendo com ela se consigo colocar cinco meninas, as professoras que formei lá (no exterior), para trazer (para o desfile) na minha ala”.

Na entrevista, Carlinhos Salgueiro contou ainda sobre sua preparação para seus trabalhos. “Toda vez que eu recebo o meu elemento ou o personagem que eu tenho que fazer, eu procuro estudar. Quando eu vou para fora do país, procuro sempre aprender. Aprendo muito com meus próprios alunos aqui no Brasil. E lá fora o reconhecimento é incrível. Eu só tenho que agradecer aos contratantes, à minha empresária Flavia Costa”.

O coreógrafo já passou por 28 países e contou sobre as passistas de outras partes do mundo. “As meninas da Austrália, da Suécia, de Moscou, estão sambando muito bem. Lá fora, elas são muito aplicadas. Estudam mesmo, não só com Carlinhos Salgueiro, como Evelyn (Bastos, da Mangueira) e outros professores”.

Carlinhos Salgueiro. Foto: Reprodução/Facebook
Carlinhos Salgueiro. Foto: Reprodução/Facebook

Segundo Carlinhos Salgueiro, o tipo físico não impede ninguém de sambar. “A pessoa tem que se preparar, fazer bastante aeróbico para ter resistência. Acho que o músculo não influi no samba. Vai da flexibilidade da pessoa. Samba é uma coisa que a gente tem que sentir. Se uma pessoa musculosa sente e ela faz um bom trabalho, ela acontece. Samba é sentimento. É repetição para quem está treinando. Agora, para as pessoas muito fortes, têm que sentir mais; subir o morro, ir na raiz do samba para entrar no corpo. Quando a pessoa tem o samba dentro de si, ela pode ser gorda, magra, velha… pode ser o que for, mas o samba fura a fronteira do corpo”, disse. “A beleza, a gente cria. A beleza não é feita só de uma beleza corporal, facial. A beleza é uma pessoa ter uma atitude, passar a energia, o verdadeiro samba. De fora, a gente monta. Se não tiver cabelo, a gente bota. Se não tiver maquiagem, a gente coloca”.

Teve um ano que o Marcão abriu a bateria para eu sambar no meio. Foi a maior emoção da minha vida. Temos uma grande parceria.

Carlinhos Salgueiro falou ainda de como é a relação dos passistas com a bateria. “Cada escola tem um jeito de tocar. E eu tento passar para as minhas alunas e passistas que a gente tem que sentir o samba conforme a batida da bateria. A gente tenta seguir a bossa que o (mestre de bateria) Marcão está fazendo. Marcão é um grande parceiro. A minha ala de passistas vai passar por dentro da bateria, foi uma ideia do Marcão. Toda vez que tem ensaio técnico, ele inventa alguma coisa para a ala de passistas participar, sendo tema do enredo. Teve um ano que o Marcão abriu a bateria para eu sambar no meio. Foi a maior emoção da minha vida. Temos uma grande parceria. Quando ele vai fazer as bossas, ele senta comigo”.

O coreógrafo contou ainda quem são suas inspirações para a realização de um bom trabalho: sua tia Marli, e os passistas Celinho Show e Aldione Senna. “Me ensinaram muito. Eles falaram: seja você, porque você vai longe, porque você é diferente”.

Assista à entrevista completa em duas partes:

 

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