Cacique de Ramos, Portela e mais; a força do samba em evento no Rio de Janeiro

Rio de Janeiro. Foto: Divulgação

Rio de Janeiro. Foto: Divulgação

A Praça Onze, democrático reduto da música carioca, recebe, em seu grito de Carnaval, o Samba Iaiá, liderado por Pretinho da Serrinha, a bateria da campeã Portela, o Cacique de Ramos, agremiação que completa 57 anos de fundação, e Reinaldo, o “Príncipe do Pagode”.

O agito, que acontece no dia do Padroeiro da Cidade, São Sebastião, na Rua Benedito Hipólito, 66, acontece duas semanas antes do Carnaval, com portões abertos a partir das 18h, A entrada é gratuita.

Movimento de resistência musical, o Samba Iaiá promete embalar o público com composições que remetem às grandes Iaiás, que contribuíram para moldar o gênero e manter a chama acesa. A roda comandada por Pretinho da Serrinha lotou o Circo Voador em duas edições. Em novembro, com Maria Rita, Roberta Sá e Jorge Aragão como convidados, entre outros. E levou o público ao delírio, em dezembro, com apresentações que incluíram João Bosco e Marisa Monte, interpretando clássicos do samba. Agora, o Samba Iaiá divide o palco com duas entidades do samba: a bateria da Portela e Cacique de Ramos, além do cantor Reinaldo.

“É com reverência e emoção que levaremos o Samba Iaiá ao Terreirão do Samba, um símbolo da cultura disseminada por Tia Ciata no início do Século 20. Em sua casa, na Praça Onze, ela promoveu encontros históricos que firmaram um movimento musical, de resistência e fé, eternizando muitos artistas que tanto nos ensinaram. Em resumo, sem a Praça Onze, os seus compositores e intérpretes, o Samba Iaiá não existiria”, diz Pretinho.

A volta das atividades no Terreirão está a cargo da Secretaria Municipal de Cultura que, a partir de uma Parceria Público Privada, entregou o espaço à agência A Vera, vencedora da licitação, responsável pelos eventos no local até o Carnaval. Segundo Nilcemar Nogueira, secretária Municipal de Cultura, a parceria tem como objetivo garantir a regularidade e qualidade das festas sem abrir mão da relevância cultural do Terreirão para a cidade. “O projeto foi pensado com base no respeito às tradições do samba e na reverência ao passado histórico daquele território”, explica.

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