Beija-Flor é campeã do Carnaval 2018; veja classificação

Desfile Beija Flor 2018. Foto: Juliana Dias/SRzd

Desfile Beija Flor 2018. Foto: Juliana Dias/SRzd

A Beija-Flor de Nilópolis é a escola de samba campeã de 2018 do Grupo Especial do Rio de Janeiro. O resultado foi anunciado, na tarde desta quarta-feira (14), durante apuração de votos na Avenida Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro. A escola retorna à Avenida neste sábado (17) para o Desfile das Campeãs do Grupo Especial. Passarão pelo sambódromo as seis melhores colocadas. Grande Rio e Império Serrano foram as escolas rebaixadas para a Série A.

Veja o momento da entrega do troféu:

Veja classificação final:

1) Beija-Flor (269.6)

2) Paraíso do Tuiuti (269.5)

3) Salgueiro (269.5)

4) Portela (269.4)

5) Mangueira (269.3)

6) Mocidade (269.3)

7) Unidos da Tijuca (269.1)

8) Imperatriz (268.8)

9) Vila Isabel (268.1)

10) União da Ilha (267.3)

11) São Clemente (266.9)

12) Grande Rio (266.8)

13) Império Serrano (265.6)

A Grande Rio começou a apuração com cinco décimos a menos por ter estourado o tempo máximo de desfile. Nas notas dos jurados, a escola também perdeu pontos em enredo, harmonia e evolução por conta de um carro alegórico que não conseguiu entrar na Avenida. Já o Império Serrano iniciou a apuração com a perda de dois décimos por ter encerrado o desfile dois minutos antes do tempo mínimo, erro bastante criticado por especialistas.

Veja comentário do colunista Hélio Rainho sobre a vitória da Beija-Flor:

Desfile da Beija-Flor:

Neste ano, a Beija-Flor —última a desfilar pelo Grupo Especial do Rio em 2018— adotou um enredo polêmico e com forte crítica social.“Monstro é aquele que não sabe amar. Os filhos abandonados da pátria que os pariu”, desenvolvido pela comissão de Carnaval da escola, abordou os “abandonados” e os “abandonadores” de um Brasil cheio de problemas sociais. Diferente dos últimos anos, a Beija-Flor não veio com opulência — que virou sua marca principal — para se adequar ao enredo peculiar. Um dos principais destaques do desfile foi a grande teatralização nos carros alegóricos e nas alas.

Desfile Beija Flor 2018. Foto: Juliana Dias/SRzd

O desfile foi iniciado com uma referência ao mito grego de Prometeu e ao livro “O Moderno Prometeu”. Apesar de ser rejeitado por Victor Frankenstein, a criatura chora com a morte de seu criador. A cena do livro que aborda esta situação foi reproduzida no primeiro setor da Escola. Já no segundo setor, a Beija-Flor questiona quem são os verdadeiros monstros: a criatura horrorosa ou o criador que a abandona. Desta forma, a agremiação evidencia quem abandou o Brasil. Alguns dos “abandonadores” abordados foram piratas, que saquearam o país no início de sua história; Portugal, por cobrar impostos durante o Ciclo do Ouro; e os políticos, que são vistos como vampiros sanguessugas pelo povo brasileiro.

Desfile Beija Flor 2018. Foto: Juliana Dias/SRzd

Após abordar quem “usurpou” o Brasil, a escola trouxe os “monstros abandonados”; ou seja, as pessoas que estão à margem da sociedade. Ao longo das alas estavam retirantes nordestinos, que migraram para outras regiões em busca de uma condição de vida melhor; pedintes, que precisam implorar por dinheiro diariamente para sobreviver; crianças em situação de pobreza, que perdem sua infância para vender balas na rua; artistas populares, que têm suas artes desvalorizadas; e o povo brasileiro, que é “feito de palhaço”.

Com os abandonadores e os abandonados na Avenida, o quarto setor levou os “motivos” para o abandono. A escola abordou alguns tipos de preconceitos que afastam as pessoas e provocam falta de respeito. Homofobia, racismo, xenofobia e machismo foram alguns tipos de intolerâncias que foram destacadas pela agremiação. O quinto e último setor trouxe a redenção. A importância do Carnaval para a sociedade foi retratada no último carro alegórico. A Beija-Flor faz uma homenagem a sua própria história e ao seu trabalho social na comunidade de Nilópolis.

– Clique aqui para ver como foi o desfile

Veja fotos do desfile

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