Alex de Souza: ‘É a minha estreia no Salgueiro e tenho que caprichar mais’

Alex de Souza. Foto: Reprodução/Facebook

Alex de Souza é o carnavalesco do Salgueiro. Foto: Reprodução/Facebook.

Para desenvolver o enredo “Senhoras do Ventre do Mundo”, o carnavalesco do Salgueiro, Alex de Souza, está com o trabalho em ritmo acelerado. “Estamos dedicados em todas as frentes. Estou apresentando projetos dos carros, chefiando a equipe de costura e adereços de fantasias, que são os protótipos, o primeiro modelo de fantasia de ala, e já providenciando desenhos dos destaques, composições de carro. Mestre-sala e porta-bandeira, já entreguei. A comissão de frente, a gente vai desenvolver toda a parte visual para que o coreógrafo aprove, veja se está de acordo com o que ele pretende representar, para que a presidente possa aprovar e a gente tocar. É um trabalho que muita gente pensa que o Carnaval é na época do Carnaval, mas a gente trabalha o ano inteiro. Eu estou nesse pique desde março, quando comecei a fazer a sinopse. Depois, vídeo, logo, desenhar as fantasias das alas, que é uma coisa bem longa. Mesmo tendo auxiliares, é muita coisa para fazer”, contou em entrevista ao SRzd.

É a minha estreia aqui e eu tenho que caprichar mais do que eu já pude fazer algum dia.

Alex disse ainda sobre como é o trabalho de sua equipe. “Tem muitas coisas que eu fazia praticamente sozinho. Só que, com o tempo, parece que o trabalho aumenta cada vez mais e precisa de mais pessoas para auxiliar. Agora, tenho auxiliar nos desenhos de fantasias. Tenho outro que colabora no 3D dos carros alegóricos, das plantas. Tem outra menina que desenvolve para mim os arquivos de estamparia. Mas, mesmo assim, pode botar 10, 20 pessoas, parece que o trabalho aumenta mais. Tenho mais ou menos a equipe que eu já tenho há alguns anos, mas o trabalho é maior. Sendo essa escola, primeiro ano, pela história que a escola tem, a gente tenta fazer com um capricho a mais, colocar mais um detalhe. Afinal de contas, do Salgueiro se espera muito. E é a minha estreia aqui e eu tenho que caprichar mais do que eu já pude fazer algum dia”.

O carnavalesco também falou sobre a relação da escolha do samba-enredo com o restante do trabalho. “Quando o samba for escolhido, nós já estaremos com todas as roupas prontas. Já em processo até de reprodução. Então, algumas coisas foram pensadas especificamente para a comunidade. Uma determinada ala que tem passo marcado, coreografado, então a roupa já é pensada para isso, independente da trilha sonora. Todos os sambas que estão concorrendo estão sendo baseados no roteiro. O projeto é muito grande, muito trabalhoso, não dá para fazer esse tipo de alteração em outubro na escolha do samba. Uma coisa vai ter que se encaixar na outra e acredito que vai dar tudo certo”.

É um enredo muito rico, que tem muitas facetas. É uma grande homenagem à mulher negra.

O Carnaval 2018 será o primeiro de Alex à frente do Salgueiro, o que o deixa motivado desde o enredo. “O ponto de partida é a condução do enredo mesmo. Do enredo, do roteiro, é que vai nascer toda essa parte plástica. O enredo, não houve sugestão minha, é da própria escola. Eu fiz a sinopse, fiz o roteiro, baseado no material que eu recebi da escola. Quando você começa a vislumbrar no enredo possibilidades visuais, pela novidade, pelo colorido… é uma escola vermelha e branca, há muito tempo que não trabalho com o vermelho. Então, isso tudo tem todo um ar de novidade para mim, poder trabalhar com novas cores e um tipo de fantasia, tipo de alegoria, remetendo também ao próprio histórico da escola. Como a escola gosta de se vestir, se apresentar. Isso é muito bacana. Essa é a novidade. De você partir para o novo, de fato. Para mim, tudo é novo. Isso que acho extremamente interessante. É um enredo muito rico, que tem muitas facetas. É uma grande homenagem à mulher negra, desde o continente africano até as grandes mulheres do Brasil que são negras. Então, é muito rico em elementos visuais. Acho que vai ser um belo espetáculo”.

Ouça a entrevista na íntegra:

Comentários

 




    gl