Desfile da Mangueira vira objeto de estudo em sala de aula

Painel de apresentação do Projeto “Cartografia da Cultura Afro-Brasileira e Indígena” (Montagem com foto de Ronaldo Nina/Riotur)

Conciliar o carnaval com a didática da sala de aula têm se tornado cada vez mais frequente nas escolas brasileiras. Em Belém, não é diferente, o professor de Artes Visuais e carnavalesco da GRESM Arco Íris, Eduardo Wagner, que participa do carnaval da União das Escolas de Samba de Maquete faz parte de um projeto chamado “Cartografia da Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, que acontece na Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará, em Belém.

Há quatro anos participando do projeto, o professor procura temáticas que versem a respeito da diversidade da cultura popular brasileira. O diferencial, no entanto, está na metodologia proposta. “Antes de ser professor eu já era carnavalesco e o carnaval foi o que me tornou professor, por isso sei do potencial que um desfile de escola de samba tem, do ponto de vista didático e pedagógico, além, é claro, do artístico”, disse.

Apresentação de escola de samba na culminância do Projeto “Cartografia da Cultura Afro-Brasileira e Indígena” (Foto: Isabela Brabo/Divulgação)

O grupo estuda suas temáticas a partir de desfiles pontuais de escolas de samba. Neste ano, o desfile da Estação Primeira de Mangueira, com o enredo “Só com a ajuda do santo”, de autoria do carnavalesco Leandro Vieira que alcançou o 4ºlugar no carnaval carioca, será o objeto de pesquisa, para reconhecer a pluralidade da religiosidade brasileira e sua imagética.

A culminância do trabalho do professor Eduardo com seus alunos envolve a apresentação com bateria de escolas de samba de Belém, casais de mestre-sala e porta-bandeira e porta-estandartes, além de passistas e destaques, dentro de uma performance executada pelos alunos e estagiários da disciplina, durante os eventos do Dia da Consciência Negra.

Saiba mais:

O projeto “Cartografia da Cultura Afro-Brasileira e Indígena” é coordenado pela professora Antônia Brioso, de História e realizado há seis anos, tendo como público-alvo alunos de 2º e 3º anos do Ensino Médio da Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará, em Belém que divide suas ações sob o tripé do Ensino, da Pesquisa e da Extensão.

Procurando atender ao que determina a Lei 10.639/03, que determinou o ensino da cultura africana nas escolas, o projeto é composto por grupos de estudos orientados por professores de todas as disciplinas (Artes Visuais, Física, Literatura, Matemática etc.), cada um tem a liberdade de criar metodologia própria e livre, tendo o resultado apresentado durante as comemorações do Dia da Consciência Negra.

Para conhecer mais o trabalho de Eduardo Wagner como carnavalesco, fique ligado nas notícias sobre a GRESM Arco Íris que será a terceira agremiação a desfilar no carnaval de maquete do Grupo B da UESM.

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