“Modelo [da prefeitura] não nos atende”, diz presidente da liga dos blocos de rua
A quarta edição da Carnavália-Sambacon encerra suas atividades neste sábado (15), após três dias de exposições e debates que contemplaram os mais diversos segmentos do Carnaval. A última mesa de discussão sobre o cenário da crise econômica que afeta diretamente o rumo do próximo ano desta grande festa teve como foco a cidade do Rio de Janeiro. A Feira de Negócios do Carnaval foi realizada entre os dias 14 e 15 de julho, no Centro de Convenções SulAmérica, no Centro do Rio.
À mesa “Carnaval e a Crise – o cenário do Rio de Janeiro”, estavam presentes Jorge Castanheira, presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro (Liesa); Déo Pessoa, presidente da Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Lierj); Mario Filippo, vice-presidente da Riotur; Rita Fernandes, presidente da Sebastiana; Cristina Fritsch, presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagem do Rio de Janeiro (ABAV-Rio); Laura Carneiro, deputada federal (RJ) e Fernando William, vereador do Rio de Janeiro. O debate foi mediado pelo jornalista Sidney Rezende, diretor do SRzd.
Rita Fernandes, presidente da Sebastiana (liga que representa os blocos de rua do Carnaval do Rio), iniciou sua fala com uma crítica à prefeitura do Rio de Janeiro. “Esta prefeitura não entende nada de Carnaval, não conhece Carnaval. Não fez nenhum esforço para tentar entender o que é, a começar pelo prefeito [Marcelo Crivella] que não foi nem entregar a chave para o Rei Momo”, afirmou. Rita Fernandes também mencionou os valores que o Carnaval gera de retorno para a cidade do Rio de Janeiro e reclamou de como a gestão pública tem tratado o evento ao longo dos últimos anos. “Carnaval no Rio é muito importante, significa uma cadeia produtiva muito séria e que tem que ser tratada não como modelo, mas como uma política de Carnaval. Não existe uma política de Carnaval. O modelo não nos atende”, comentou.
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