Império da Praça XI divulga logo e sinopse para o Carnaval Virtual 2018

Logo do enredo. Foto: Divulgação

O G.R.E.S.V Império da Praça XI divulga a sinopse do enredo “Magno”, desenvolvido pelo carnavalesco Vanderson Cesar para o Carnaval Virtual 2018. A escola fará uma viagem na história e convida a todos a embarcar nessa Odisseia em direção ao passado, e desvendar alguns mistérios que cercam uma das personalidades mais conhecidas da história .

Como já é se tornou uma tradição em nossa agremiação, não promoveremos concurso de samba-enredo, a obra será encomendada.

Veja a logo:

Veja a sinopse:

MAGNO

“Meu filho procure em qualquer parte um reino
digno de ti, a Macedônia é muito pequena!”

Descortine os véus do tempo, marche rumo ao passado, embarque nesta Odisseia em direção a tempos longínquos. Tempo de deuses, épicas histórias, impérios e seus numerosos exércitos.

Uma profecia bíblica narra os feitos de um Rei grego. Gerado pra realizar a vontade dos deuses, nasce o herdeiro do trono da Macedônia. Envolto em lendas e mistérios, Alexandre III vem ao mundo, não para entrar, mas pra ser a própria história e eternizar-se na memória coletiva.

Educado sob a tutela de Aristóteles, aprende a desfrutar os prazeres da arte e da filosofia, e apaixona-se pela leitura tornando-se admirador das histórias homéricas, a ponto de se considerar descendente de Aquiles. Com um rígido oficial da guarda de Felipe II, seu pai, é criado nos duros moldes militares espartanos. Assim, é moldado um Rei, um capitão, um verdadeiro líder.

Com o assassinato do patriarca, Alexandre é coroado Rei da macedônia aos 20 anos de idade. Religioso e temente aos deuses, ele parte em direção ao sagrado oráculo de Delfos. Em seu místico transe, a pitonisa profere a Alexandre: “Será vencedor!”. Com um ousado sonho de transcender os limites da Grécia, Alexandre segue em direção ao oriente e põe seus planos em prática. “Meu filho procure em qualquer parte um reino digno de ti, a Macedônia é muito pequena!”

Seu alvo? O império Persa!

Que se estendia do Egito até a região da Mesopotâmia. Ele decide, então, começar pelas férteis terras do Nilo, ao sul da Grécia, que se encontrava sob domínio persa por longos anos. O jovem rei é recebido como libertador pelos egípcios. Com honrarias religiosas, é coroado Faraó e consagrado ao deus Amon. Ainda em sua curta estadia no Egito, ele funda Alexandria no delta do Nilo, que futuramente seria uma das maiores cidade da antiguidade.

A Pérsia constituía o maior império de que se tinha notícia, governado por Dario III. O exercito persa somava centenas de milhares de soldados, muito maior que o de Alexandre, que não se intimidou. Seu desejo de conquistar a Ásia promovendo um grande intercâmbio cultural era maior. Pondo em prática ousadas técnicas de batalha que havia desenvolvido, derrota o exército Persa, e, para consagrar sua vitória, segue em direção a Babilônia – a cidade era o coração do Império.

Recebido com honras militares e religiosas, o mais novo imperador da Pérsia, Alexandre III da Macedônia, faz sua entrada triunfal na cidade sagrada. Os macedônios espantam-se diante de tamanha suntuosidade, gigantescas muralhas, torres monumentais e os maravilhosos jardins suspensos. Alexandre se considera um profeta, levando para a Ásia os ideais gregos de liberdade, e em troca conhece toda beleza e riqueza da espiritualidade oriental. Ele adota costumes e vestimentas Persas. Seu exército, antes puramente grego, tornarase um mosaico formado por todos os povos do império.

Pretendendo chegar às margens do Ganges e encontrar os “homens sábios” meditando em seus templos em forma de lótus, o Jovem, porem experiente Rei, parte rumo à Índia. A sabedoria hindu o interessava.

No caminho para o extremo oriente, uma grande cadeia de montanhas impunha-se como um obstáculo. E os mais extraordinários boatos, sobre o que haveria após elas, circulavam pelo numeroso exército. Ali, revelou-se uma exuberante e exótica civilização. A colorida Índia estava diante dos olhares, espantados, dos macedônios. Logo, avistam os primeiros templos habitados pelos brâmanes, sacerdotes detentores de sabedoria milenar.

Em sua passagem pela Índia, nem todos eram amigos. Enfrentou muitas batalhas até conquistar uma pequena porção da Índia, encarou até exércitos de elefantes. Provou a banana, fruta até então desconhecida no ocidente. A ele, inclusive, é creditada a difusão dela pelo mundo. E quando planejou invadir as planícies do Ganges, e coroar seus planos, seu exercito, cansado e esgotado, exige voltar, e ele contenta-se em voltar circundando as margens do sagrado Rio.

Seu desejo nunca foi de devastar e assolar a Ásia, mas sim de criar uma enorme interação cultural entre oriente e ocidente. Alexandre sonhava com um Império universal, que não tivesse limites geográficos. Um império que transcendesse fronteiras físicas e culturais, e assim o fez.

Ao longo de suas conquistas ele fundou várias cidades, todas levavam seu nome – Alexandria. Algumas se tornaram grandes polos comerciais e culturais, a mais famosa delas situada no Egito. Seu legado inclui, ainda, uma enorme difusão de princípios culturais gregos pelo oriente, que mesclado a elementos da cultura oriental formou a chama Cultura Helenística, que influenciou a região por muitos séculos.

Nosso Herói morre jovem, aos 33 anos, porém invicto. Em 13 anos de reinado, jamais foi vencido nos campos de batalha. Isso faz dele umas das personalidades históricas mais influentes e lembradas da história humana. Mas heróis não morrem, eles são eternizados em nossa memória, nos livros e até no cinema.

Assim encerramos nossa Odisseia e a Império da praça XI, na infinita magia do carnaval, escreve mais uma página da história, da sua história, perpetuando Alexandre III da Macedônia – ou Alexandre MAGNO, O Grande.

Obs.: O enredo não se apresenta de forma completamente cronológica, para uma melhor organização da parte visual e compreensão do mesmo. As conquistas que aconteceram de forma fragmentada, em várias etapas e batalhas, são apresentadas separadas por territórios. A proposta do desfile não é apresentar somente as conquistas, mas sim o sonho de criação de um império universal, que resultou na chamada Cultura Helenística que exerce influencia até hoje.

Pesquisa e texto: Vanderson Cesar

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