Temer ouve Ayres Britto e ministro da Justiça começa a ser fritado

Ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Alexandre de Moraes. Foto: Marcelo Camargo – Agência Brasil

O SRzd contou aos seus leitores no dia 7 de janeiro que a permanência do atual ministro da Justiça Alexandre de Moraes no Governo estava cada mais vez mais difícil. Uma das manchetes do portal, baseada em fontes do primeiro escalão, trouxe a informação ao público.

O Palácio do Planalto, como sempre, botou panos quentes. Eis que a grande mídia nacional volta ao tema, agora com mais força, e diz, inclusive, que “há uma fritura” em andamento. Leia a reportagem abaixo:

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto teve uma reunião fora da agenda com Michel Temer neste domingo (15), no Palácio do Jaburu, em Brasília. O encontro aconteceu no momento em que o atual ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, vem sendo pressionado em razão da crise no sistema penitenciário que já deixou mais de 111 mortos apenas nos primeiros 15 dias do ano. Ayres Britto foi cotado para assumir a pasta antes que Temer optasse por colocar Moraes no cargo, dentro da cota do PSDB paulista.

Apesar da pressão sobre o titular da pasta da Justiça, assessores de Temer dizem que o encontro entre ele e o ex-ministro foi para, não apenas discutir a crise do sistema penitenciário, mas também para que o ex-ministro do STF ajude a superar as diferenças entre o governo e a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia.

O protagonismo e as posições adotadas pela ministra, em especial na crise do sistema penitenciário e na renegociação das dívidas estaduais, tem gerado uma desconfiança cada vez maior de membros da cúpula do governo Temer com o Poder Judiciário.

Um dos últimos atritos entre o governo e a presidente do STF aconteceu quando Cármen Lúcia concedeu decisões liminares que permitiram o desbloqueio de R$ 337 milhões depositados em contas do governo do Rio de Janeiro e que eram reclamadas pela União para a quitação de dívidas.

A decisão irritou profundamente o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que viu a ação como um risco para a política de ajuste fiscal.

Reportagem de capa da revista Época, do grupo Globo, classifica Alexandre de Moraes como “o homem errado no lugar errado”.

Reportagem publicada originalmente no Brasil 247

 

 

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