STF determina retorno do goleiro Bruno à prisão imediatamente

Bruno Fernandes. Foto: Agência Brasil

Bruno Fernandes. Foto: Agência Brasil

Reviravolta no caso do goleiro Bruno Fernandes de Souza.

Nesta terça-feira (25), o Supremo Tribunal Federal decidiu por três votos a um, que ele retorne de imediato para a prisão  em regime fechado.

Bruno, que atua como goleiro do Boa Clube, time que disputa o Campeonato Mineiro, foi solto no último dia 24 de fevereiro, após decisão liminar de habeas corpus do ministro do STF Marco Aurélio Mello, que é presidente da Primeira Turma da Corte, composta por cinco membros. O argumento foi que o goleiro teria que aguardar a análise do recurso em liberdade.

No entanto, a 1ª Turma do STF, que conta com os ministros Alexandre de Moraes, substituto de Teori Zavascki e relator do caso, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Rosa Weber e Marco Aurélio Mello, decidiu revogar a decisão.

O entendimento que prevaleceu foi o de que Bruno não poderia ser solto porque isso iria contra à decisão soberana do júri popular, que negou ao goleiro o direito de recorrer de sua condenação em liberdade.

Bruno é acusado de participação na morte da ex-namorada Eliza Samúdio, com quem teve um filho. Ela desapareceu em 2010, aos 25 anos, e foi considerada morta pela Justiça.

Em 2013, o Tribunal do Júri da Comarca de Contagem (MG) condenou o goleiro a 22 anos e três meses de prisão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, com emprego de asfixia e com recurso que dificultou a defesa da vítima), sequestro, cárcere privado qualificado e ocultação de cadáver. O corpo de Eliza nunca foi encontrado.

Antes de ser solto, Bruno ficou seis anos e sete meses preso preventivamente, entre 2010 e 2017, após um inquérito policial apontá-lo como principal suspeito de ter matado a ex-namorada.

Réu confesso do caso, o jogador se entregou espontaneamente por volta das 17h50 na Delegacia Regional de Varginha, no Sul de Minas Gerais. Segundo a Polícia Civil, ele assinou uma certidão se comprometendo a se entregar e depois foi liberado, uma vez que ainda não foi expedido um mandado de prisão.

Comentários

 




    gl