Rodrigo Maia poderá trocar comando da Polícia Federal caso assuma presidência

Rodrigo Maia. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Rodrigo Maia. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Na hipótese afastamento do presidente Michel Temer e a posse do deputado federal Rodrigo Maia, presidente da Câmara, no seu lugar, conforme determina a Constituição, poderá tornar viável uma  medida que será definitiva no caminho do enfraquecimento da Operação Lava Jato, que é a troca de comando na Polícia Federal (PF).A informação é do repórter André Barrocal, de Carta Capital.

Leandro Daiello, segundo mais longevo diretor-geral da PF, tem tomado providências que parecem preparar o terreno para sua substituição, como nomeação de amigos para novos e cobiçados postos. E faz isso ao mesmo tempo em que a PF anuncia uma decisão capaz de desidratar a Lava Jato, o fim da força-tarefa dedicada à Operação em Curitiba, motivo de críticas do Ministério Público, escreve o repórter.

No dia 4 de julho, o Diário Oficial da União publicou a nomeação de quatro policiais ligados a Daiello para o cargo de adido policial em embaixadas. Marcelo Salvio Rezende, atual chefe da PF no Amazonas, irá para a Espanha. Marcello Diniz Cordeiro, diretor em Pernambuco, irá para a África do Sul. Kandy Takahashi, chefe no Rio Grande do Norte de 2012 a 2016, irá ao México. E Leonardo Soares Cavalcante Lima, chefe da assessoria de comunicação da PF, irá para a França.

Rodrigo Maia. Foto: Divulgação
Rodrigo Maia. Foto: Divulgação

Ir para alguma embaixada era o desejo do próprio Daiello, quando deixar o comando da PF. No fim do governo Dilma Rousseff, ele chegou a combinar sua transferência para a Europa mas a petista foi deposta antes que a mudança na chefia da PF pudesse se consumar.

Os nomeados foram escolhidos por Daiello, mas a formalização da transferência dependeu de atos formais assinados pelo presidente Michel Temer, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, e o chanceler Aloysio Nunes Ferreira. Sinal de negociação do delegado com o Palácio do Planalto, portanto.

O fim da força-tarefa da PF em Curitiba pode ter sido uma moeda usada na negociação. O anúncio da desativação ocorreu dois dias depois das nomeações dos amigos de Daiello.

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