PCC pode estar por trás de rebelião que deixou 33 mortos em Roraima nesta sexta-feira

Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Roraima. Foto: Reprodução

Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Roraima. Foto: Reprodução

Uma rebelião na Penitenciária Monte Cristo, em Boa Vista, deixou 33 detentos mortos na madrugada desta sexta-feira (6). Todos seriam integrantes da facção Comando Vermelho, que domina cerca de 10% do presídio. O Primeiro Comando da Capital controlaria os outros 90%.

Segundo a Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado, o motim dos presos começou às 2h30 horário local (4h30 no horário de Brasília).

Três vítimas teriam sido decapitadas e sete teriam os corpos queimados em uma fogueira feita no pátio da penitenciária.

A Polícia Civil de São Paulo investiga se o Primeiro Comando da Capital (PCC) já teria repassado a “ordem” para que bandidos aliados se mobilizem para se vingar da facção criminosa Família do Norte (FDN), que matou 60 presos em penitenciária do Amazonas.

Segundo o Estadão, “o ponto de partida para a investigação é uma carta supostamente assinada pelo Comando Regional Norte do PCC, que circula em grupos de WhatsApp. Em um dos trechos, diz-se que “essa dita facção FDN será dizimada da face da Terra”. Para isso, afirmam que contam com o apoio de bandidos do exterior e até de facções rivais”.

A união dos criminosos seria porque a FDN, ao promover o massacre em Manaus, quebrou o “código de ética” do crime, que impõe uma suposta convivência com grupos rivais, pois a “meta” sempre foi “lutar contra o Estado e não contra nossos irmãos mesmo que de outras organizações fossem”.

A ação em Roraima reafirma a informação de que agora a meta do PCC é o conceito de “uma empresa nacional do crime”, tanto é que já estão com movimentos no Rio de Janeiro. A estrutura “corporativa” adotada pelo Primeiro Comando da Capital copia o modelo da máfia italiana.

 

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