Wall Street estampa acusação de propina de US$ 40 milhões que recai sobre Michel Temer
Ao mesmo tempo em que a Operação Lava-Jato e o trabalho da Polícia Federal, Procuradoria da República e Ministério Público avançam nas suas investigações, e isto traz um enorme benefício para a oxigenação da política do Brasil, aumenta a perplexidade sobre a capacidade de resistência do tecido social diante de tanta roubalheira.
Não resta dúvida que a legitimidade democrática só virá em 2018, mas é de amargar vermos uma publicação internacional como o “The Wall Street Journal” estampar o lamaçal em que está enterrado o presidente do seu país.
Informa o noticiário que “Michel Temer aparece mais uma vez de forma negativa na imprensa internacional”. O jornal americano “The Wall Street Journal”, um dos mais importantes do mundo, deu destaque ao envolvimento do peemedebista no escândalo de corrupção da Odebrecht.
O periódico descreve em detalhes vários trechos da delação premiada da Odebrecht, que atribui a Temer um papel ativo nos esquemas de corrupção. Os jornalistas dão destaque especial à delação de Márcio Faria, que narrou como teria sido a reunião em que Michel Temer pediu a propina milionária à empreiteira.
Segundo Faria, Temer comandou uma reunião com a Odebrecht na qual foi acertado pagamento de propina de 40 milhões de dólares ao PMDB em 2010, quando era candidato a vice-presidente da República.
De acordo com o delator, o encontro aconteceu no escritório político de Temer em São Paulo, e o valor se referia a 5% de um contrato da Odebrecht com a Petrobras.
“Totalmente vantagem indevida, porque era um percentual em cima de um contrato”, disse Faria no depoimento, quando perguntado se havia ficado claro na reunião que o repasse era relativo a pagamento de propina.
O terrível é olhar para as alternativas e elas ainda não apontarem a porta da esperança.
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