Decreto proibindo entrada de refugiados nos Estados Unidos choca o mundo

Refugiados que estavam a caminho dos Estados Unidos quando o presidente Donald Trump assinou o decreto proibindo-os de entrar no país foram barrados e presos na manhã de ontem em aeroportos do país.

Cinco passageiros iraquianos e um iemenita foram impedidos de embarcar em um voo da empresa aérea EgyptAir, que vinha do Cairo para Nova York neste sábado (28). Esse é o primeiro caso de imigrantes barrados em aeroportos, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou a suspensão da entrada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana em território norte-americano. Os passageiros barrados tinham visto para entrar nos EUA.

Os advogados afirmaram ao Times que um dos iraquianos, Hameed Khalid Darweesh, trabalhou para o governo americano no Iraque durante 10 anos. O outro, Haider Sameer Abdulkhaleq, estava indo aos Estados Unidos para se reunir com a esposa, que trabalha para uma empresa americana, e seu filho.

O presidente Donald Trump, além de suspender por meio de ordens executivas, nesta sexta-feira (27), a imigração de pessoas vindas de sete países com população predominantemente muçulmana, determinou também o fechamento das fronteiras do país para a entrada de refugiados por 120 dias. O fechamento não estabelece prazo para o ingresso de refugiados que fogem dos conflitos na Síria. Nesse caso, a entrada em território norte-americano foi suspensa indefinidamente.

Mike Zuckerberg, fundador do Facebook, criticou a medida em um post na mídia social. “Como muitos de vocês, eu estou preocupado com os recentes decretos assinados pelo presidente Trump”, escreveu. “Nós precisamos manter este país seguro, mas nós devemos focar em pessoas que realmente representam uma ameaça”, disse Zuckerberg.

O CEO do Google, Sundar Pichai, lamentou os anúncios em memorando enviado aos funcionários da empresa, obtido pela Bloomberg. “Nós estamos contrariados com o impacto desse decreto e quaisquer propostas que possam impor restrições aos Googlers e seus familiares ou que possam criar barreira para trazer grandes talentos aos EUA”, afirmou.

“É doloroso ver o custo pessoal desse decreto sobre nossos colegas.”

ONU

A agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) divulgaram nota solicitando ao presidente Trump que continue a oferecer asilo a pessoas que fogem da guerra e da perseguição, afirmando que o programa de reassentamento dos EUA é vital.

“As necessidades dos refugiados e migrantes em todo o mundo nunca foram maiores e o programa de reassentamento dos EUA é um dos mais importantes do mundo”, disseram as agências de Genebra, em comunicado conjunto.

As organizações disseram ainda que a aceitação dos refugiados pelos Estados Unidos oferecia um duplo benefício: “Primeiro, resgatando algumas das pessoas mais vulneráveis do mundo e, segundo, capacitando-as para enriquecer suas novas sociedades”.

Com Agência Brasil

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