Padre critica ausência de Temer em Aparecida; Alckmin recebe vaias

Padre João Batista de Almeida. Foto: Divulgação

Padre João Batista de Almeida. Foto: Divulgação

“Se eu fosse presidente do Brasil, eu viria. Pode ser uma questão até de assessoria, né? De repente, os assessores não atentaram para isso [a importância dos 300 anos da festa pela aparição da imagem]”.

Esta declaração foi dada pelo reitor do Santuário Nacional, padre João Batista de Almeida sobre a ausência do presidente na programação de homenagens e celebrações pelo Dia da Padroeira do Brasil. Nesta quinta-feira (12), milhares de peregrinos celebram os 300 anos da aparição da imagem de Nossa Senhora Aparecida.

Questionado pela imprensa se a baixa popularidade de Temer, segundo institutos de pesquisa, pode ter sido um fator para a ausência, o religioso riu e respondeu: “É.”

Temer enviou como representantes os ministros Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia) e Antônio Imbassahy (Secretaria-Geral). Além deles, o único político de mais projeção nacional a aparecer na solenidade foi o governador Geraldo Alckmin (PSDB), pré-candidato à sucessão presidencial.

Vaiado por parte dos fiéis presentes ao ser anunciado com os ministros de Michel Temer e logo após uma mensagem do Papa Francisco contra o desânimo e corrupção, Alckmin disse não ter ouvido “vaia nenhuma”.

“Você que está com a audiência bem apurada”, disse aos jornalistas. Gilberto Kassab e Imbassahy deixaram a basílica sem falar com a imprensa.

O governador afirmou que não fez “pedido algum” à santa visando as eleições de 2018. Ele disputa internamente a indicação com seu afilhado político, o prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) que está em viagem na Itália.

“Não misturo política e religião; aliás, se amanhã eu não for candidato a nada, e se não tiver nenhum cargo político, continuarei vindo aqui, como faço há décadas”, disse Alckmin.

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