Líderes do PSDB querem Aécio fora do comando do partido

Tasso Jereissati e Aécio Neves. Foto: Agência Senado

Tasso Jereissati e Aécio Neves. Foto: Agência Senado

Um dia após o Senado barrar, por 44 votos a 26, a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que impôs o afastamento do mandato e o recolhimento domiciliar noturno a Aécio Neves, o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati, disse que Aécio não tem condições de presidir o partido.

O vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima, afirmou que há um “sentimento” no PSDB para que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) deixe a presidência do partido.

“Eu acho que ele não tem condições, dentro das circunstâncias em que está, de ficar como presidente do partido e nós temos que ter uma solução definitiva e não provisória. Não é só que desgasta [a imagem do partido], não tem condições”, disse Jereissati.

Apesar de pregar a renúncia de Aécio Neves do comando tucano, Tasso defendeu a votação que derrubou as medidas cautelares contra o colega de partido.

Os ministros da Primeira Turma do STF decidiram afastar Aécio a partir das delações premiadas de executivos do Grupo J&F, que controla a JBS. Em conversa gravada pelo empresário e delator Joesley Batista, o tucano pediu 2 milhões de reais.

O dinheiro foi entregue em espécie pelo então diretor de relações institucionais da JBS, Ricardo Saud, a Frederico Pacheco de Medeiros, primo de Aécio Neves.

A Polícia Federal filmou as entregas do montante, em parcelas de 500.000 reais. O senador nega que o dinheiro seja propina e diz que foi um pedido de empréstimo para pagar sua defesa na Operação Lava Jato.

Mesmo afastado da presidência do partido, Aécio continuou a ter influência e conseguiu manter o PSDB na base aliada de Michel Temer. O senador é um dos principais fiadores da sigla do apoio ao peemedebista.

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