Financiadores do filme da Lava-Jato não querem que os seus nomes apareçam nos créditos

Polícia Federal – A Lei é Para Todos. foto: Divulgação

Polícia Federal – A Lei é Para Todos. foto: Divulgação

O filme “Polícia Federal – A Lei é Para Todos”, que promete contar os bastidores da Lava-Jato até a condução coercitiva de Lula, já tem data de estreia: será no dia 7 de setembro.

O repórter Bruno Góes, da coluna de Lauro Jardim, em “O Globo”, informa, contudo, que os patrocinadores da obra estão com medo da reação do público e cogitam manter segredo sobre o financiamento mesmo após a divulgação em rede nacional.

“Apesar de ter lançamento marcado para o Dia da Independência, os financiadores estão com medo. Ainda não decidiram se permitem ou não expor suas identidades nos créditos. Temem sofrer perseguição política.”

Quem financia a produção pode ter influenciado na mudança de roteiro do filme. Antes, segundo informações do site do Ministério da Cultura, o “A Lei é Para Todos” cadastrou uma sinopse que não citava políticos de destaque no enredo, muito menos Lula. A produção era focada no nascimento da Lava-Jato, com foco no doleiro Alberto Youssef e no ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

Agora, a grande mídia semeia notícias de que Lula será um dos destaques do filme. A equipe de produção contou com ajuda da República de Curitiba para construir personagens. A Polícia Federal admitiu que gravou, sem autorização da Justiça, imagens da condução coercitiva de Lula, que foram exibidas aos responsáveis pelo filme.

A defesa de Lula tenta conseguir que as imagens não sejam publicadas na mídia e tampouco no filme. Porém, o juiz Sergio Moro – que havia determinado que sob nenhuma hipótese qualquer registro da condução coercitiva poderia ter sido feito – agora diz que não pode impor “censura” aos meios de comunicação.

No MinC, a obra estava orçada em mais de R$ 10 milhões. A produção abriu mão de recursos da Lei Rouanet e trabalha com patrocinadores “privados”, mantidos sob sigilo.

O jornalista Marcelo Auler mostrou que um dos parceiros do filme, o grupo Madero, investigado pela PF, acabou sendo poupado na operação Carne Fraca.

Do JornalGGN:

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