Agendamento de castração de gatos contra a esporotricose é reaberto, no Rio

Gato. Foto: Divulgação

Gato. Foto: Divulgação

No próximo sábado (21), o Instituto de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman – IJV – vai promover mais um mutirão de castração de gatos, para combater a esporotricose, doença que continua epidêmica no Rio de Janeiro. São 100 vagas disponíveis, sendo 50 para machos e 50 para fêmeas. O agendamento deve ser feito a partir desta quarta (18), no IJV, que fica na Av.Bartolomeu de Gusmão 1.120, em São Cristóvão. Além das cirurgias do próximo sábado, haverá mais duas datas para a castração: 25 de novembro e dia 16 de dezembro, com 100 vagas cada, divididas igualmente para machos e fêmeas.

Para conseguir agendar a cirurgia, é necessário levar o animal e pegar a senha que começará a ser distribuída às 7h. Serão 30 senhas por dia útil. Só serão aceitos dois animais por CPF, desde que sejam residentes do município do Rio de Janeiro. Além de prevenir a superpopulação, já que cada casal de gatos pode gerar até 50 filhotes por ano, incluindo os descendentes, a castração faz o animal viver mais e melhor. A cirurgia reduz a possibilidade de tumor de mama nas fêmeas, tumor de ovário, tumor de útero, infecções uterinas, doenças prostáticas, estresse de cio, fugas, atropelamentos, ninhadas indesejáveis, abandono e de contrair doenças que podem ser fatais para animais e humanos.

Mas o objetivo principal desse mutirão é evitar a proliferação da esporotricose, uma doença que está acometendo os felinos da cidade. Somente neste ano foram atendidos nas unidades de zoonoses e medicina veterinária da Vigilância Sanitária 9.672 animais, um número alarmante. Os gatos são a maioria dos animais atendidos, chegando a quase 100%.

A esporotriocose é uma das doenças que pode ser fatal para felinos e que também pode ser transmitida para cachorros e humanos. Nas unidades da Vigilância Sanitária, o atendimento é gratuito e consiste no exame do animal, encaminhamento de material para análise em laboratório, fornecimento do medicamento, orientação para o tratamento em casa, castração e monitoramento para o dono do animal não esquecer as datas de retorno às unidades. Além dos animais levados pelos donos, as unidades também tratam daqueles abandonados nas ruas.

A contaminação dos felinos ocorre pelo contato das garras do animal com material orgânico em decomposição contaminado, como cascas de árvores, palhas, farpas, espinhos e o solo. Para humanos a doença é transmitida por arranhões e contato direto com a pele lesionada. No gato, a doença pode ser mortal, mas o risco de óbito diminui se o diagnóstico for no início da infecção e o tratamento começar logo.

Nos animais devem ser observados alguns sinais, como feridas no focinho e nos membros. As feridas são profundas, geralmente com pus, não cicatrizam e costumam progredir para o resto do corpo. Perda de apetite, apatia, emagrecimento, espirros e secreção nasal também são manifestações da doença. Além do IJV, o atendimento de cães e gatos também é feito gratuitamente pelo Centro de Controle de Zoonoses Paulo Dacorso Filho, que fica no Largo do Bodegão, 150, Santa Cruz.

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