Caso Marielle: Ministério muda versão sobre roubo de munição

Carro em que Marielle Franco estava quando foi assassinada. Foto: Reprodução de TV

Carro em que Marielle Franco estava quando foi assassinada. Foto: Reprodução de TV

O Ministério da Segurança Pública esclareceu, em nota divulgada nesta segunda-feira (19), declarações feitas na semana passada pelo ministro Raul Jungmann, referentes ao roubo de munição da Polícia Federal em uma agência dos Correios.

Na última sexta-feira (16), o ministro da pasta declarou que a munição usada pelos assassinos da vereadora e do motorista, Anderson Pedro Gomes, foi roubada na sede dos Correios da Paraíba.

De acordo com a nota do ministério, “o ministro não associou diretamente o episódio da Paraíba com as cápsulas encontradas no local do crime que vitimou a vereadora e seu motorista”.

Na cena do crime, a Polícia Federal encontrou diversas cápsulas de munição. Entre elas, estava o lote vendido para a Polícia Federal de Brasília. O ministério justifica que a munição pode “ter origem em munição extraviada ou desviada.”

Leia, na íntegra, a nota do Ministério da Segurança Pública:

“Sobre a declaração do ministro Raul Jungmann a respeito de munição de propriedade da Polícia Federal encontrada na cena dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o Ministério Extraordinário da Segurança Pública esclarece:

1. A Polícia Federal instaurou o inquérito policial 1909/2017 na delegacia de Campina Grande para apurar o arrombamento à Agência dos Correios de Serra Branca/PB ocorrido em 24/07/2017;

2. O arrombamento foi seguido de explosão do cofre de onde foram subtraídos objetos e valores. Na cena do crime a PF encontrou cápsulas de munições diversas, dentre elas do lote ora investigado;

3. O ministro não associou diretamente o episódio da Paraíba com as cápsulas encontradas no local do crime que vitimou a vereadora e seu motorista. Explicou que a presença dessas cápsulas da PF no local pode ter origem em munição extraviada ou desviada e informou que há outros registros de munição da Polícia Federal encontradas em outras cenas de crime sob investigação;

4. O ministro citou os episódios da Paraíba e da superintendência do Rio, esta em 2006, como exemplos de munição extraviada que acabam em mãos de criminosos;

5. A Polícia Federal prossegue no rastreamento de possíveis outros extravios.”

A vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram mortos a tiros na noite de quarta-feira (14), após participar de evento na região central do Rio. Uma assessora de Marielle, que também estava no carro, foi atingida por estilhaços e escapou.

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