Caso Fifa: ‘Marin era rei, Del Nero, presidente’

Fifa. Foto: Reprodução

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) obedecia o que os professores de história creditam como ‘monarquia presidencialista’.

Na prática, o futebol verde-amarelo contava com uma figura de rei que não mandava muita coisa e um presidente que, de fato, exercia o poder.

Assim o delator Alejandro Burzaco explicou o esquema de corrupção envolvendo respectivamente José Maria Marin e Marco Polo Del Nero.

A informação é de Ken Bensinger, um dos repórteres credenciados para cobrir in loco o Fifagate, no Tribunal do Brooklyn, em Nova York. O jornalista com larga experiência relatou como foi a primeira semana de um julgamento que pode durar mais dois meses e, assim, ter todas as suas sentenças publicadas apenas no ano que vem.

Segundo Bensinger, a defesa de Burzaco, ex-diretor da Torneos y Competencias, repetiu a tese já usada pelos advogados do próprio Marin. Diante da juíza Pamela Chen e de promotores, eles buscam dividir as responsabilidades do último e do atual presidente da CBF e afirmam que era Marin o rei, enquanto Del Nero era o presidente.

“O advogados [do Burzaco] disseram que o Marin era o ‘rei’, mas Del Nero era o ‘presidente’ do futebol brasileiro. O próprio Burzaco disse isso. Marin era quem aparecia em público, lia os discursos, mas era Del Nero que tomava decisões importantes nos bastidores”, relatou Bensinger.

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