Cadeg: Tradição e qualidade que doem no bolso

Cadeg. Foto: Divulgação

Cadeg. Foto: Divulgação

O Cadeg, Mercado Municipal do Rio de Janeiro, que um dia já foi conhecido como Centro de Abastecimento do Estado da Guanabara é um dos espaços mais agradáveis e tradicionais da cidade maravilhosa. E sua história se confunde com a modernização do Rio promovida pelo dinâmico prefeito Pereira Passos.

Foi Passos quem liderou uma reforma radical na capital do país. “Na cidade do Rio de Janeiro, Pereira Passos realizou importantes reformas, dando-lhes praticamente o aspecto moderno que tem na atualidade. A tarefa apelidada de ‘bota-abaixo’ pelos cariocas, consistia em demolir pardieiros e cortiços infectos e abrir novas avenidas como a Avenida Central, hoje Rio Branco e a Avenida Beira Mar, ao longo da faixa litorânea e que continua pela Avenida da Ligação, atual Oswaldo Cruz, e pela praia de Botafogo, facilitando assim o acesso a Copacabana”, diz a história que o próprio Cadeg tem orgulho de contar. O Centro nasceu na sugestiva data de 15 de novembro de 1902.

O Mercado Municipal do Rio de Janeiro conta com uma variedade de serviços e produtos tão ampla que é difícil não se achar algo de qualidade no local. Além do charme do Mercado das Flores e gastronomia variada, principalmente portuguesa.

Ir a Benfica, onde o Cadeg está localizado, também ajuda a revitalizar o local. Sem contar com a facilidade de carga e descarga de caminhões e segurança.

Estacionamento Cadeg. Foto: SRzd
Estacionamento Cadeg. Foto: SRzd

Por conta de tudo o que disse acima, a direção do Cadeg deu uma tremenda bola fora cobrando um preço escorchante para os que decidem utilizar o amplo estacionamento em vários andares. Antes gratuito, há 7 meses o motorista foi surpreendido por uma majoração “indecente”.

Quem deixar seu carro para almoçar, por exemplo, paga R$ 7,50, a primeira hora, e R$1,50, a cada meia hora. Ora, pois, é ou não um ataque à carteira do cliente, pá?

Conversando com os donos de restaurantes, ouvi os argumentos: “Antes, vizinhos deixavam o carro estacionado aqui porque era de graça. Caminhoneiros descarregavam na quinta-feira e só deixava o local dois, três, quatro dias depois…”, dizem.

Estacionamento Cadeg. Foto: SRzd
Estacionamento Cadeg. Foto: SRzd

Um garçom disse que “a frequência diminuiu, talvez por causa da crise. Mas o que é verdade é que só tem vindo gente com dindim e que pode pagar. Não é qualquer um que pode pagar um prato de bacalhau de R$ 100, R$ 150…”.

Uma das sugestões era que se anistiasse o estacionamento para quem consumisse acima de determinada importância, ou, mesmo, que se reduzisse o valor da cobrança aos limites que cobra o Vaga Certa, serviço da prefeitura.

Os proprietários das lojas dizem que eles são um “consórcio”, “uma espécie de condomínio” e R$ 7,50 por 1 hora está de bom tamanho. Vamos ver como reagirá o consumidor.

Estacionamento Cadeg. Foto: SRzd
Estacionamento Cadeg. Foto: SRzd

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