Brasil: motins e greve em 34 cadeias de 7 Estados

Presídio. Foto: Ilustração - Agência Brasil

Presídio. Foto: Ilustração – Agência Brasil

Detentos de pelo menos 34 presídios estaduais e federais, em sete Estados do País, promovem rebeliões e protestos com greve de fome.

Os governos dos Estados de Mato Grosso, Acre e Pará associam os atos a ordens de facções criminosas — os detentos reivindicam melhores condições de instalação. No caso mais grave, em Cascavel, no Paraná, dois presidiários foram assassinados.

Informações preliminares apontam que a rebelião teria sido motivada por brigas de facções criminosas dentro da Penitenciária Estadual de Cascavel. A Polícia Militar paranaense avaliava, até a noite de sexta-feira (10), as condições para uma invasão. Ocupando o telhado do prédio, os detentos estenderam uma faixa com a sigla de uma facção.

Nos demais Estados, os protestos dos presidiários não resultaram em mortes. Detentos do Pará, do Acre, do Rio, de Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul e do Rio Grande do Norte, fazem greve de fome. Em todos os Estados, os governos locais afirmam que a alimentação continua a ser fornecida à população carcerária.

Segundo o Ministério da Justiça, há registro de protesto em três presídios federais: Catanduvas (PR), Campo Grande (MS) e Mossoró (RN). Ao todo, 112 presos dessas unidades se recusam a receber alimentação. Somados, os presídios têm 379 detentos. “Eles dizem que procedem deste modo por serem contra a “opressão do sistema penitenciário federal”. Cabe ressaltar que os presos que estão no sistema penitenciário federal não sofrem nenhum tipo de opressão”, diz o ministério.

No Mato Grosso, 26 presos explodiram um muro e fugiram da penitenciária Major Eldo Sá Corrêa, a 218 quilômetros de Cuiabá, que vinha registrando greve de fome entre os detentos desde o início da semana. Segundo eles, faltam medicamentos, dentista e médicos especialistas principalmente para o tratamento de tuberculose.

No Rio, a greve de fome atinge 12 presídios do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste. O protesto começou na quarta-feira (8). Os presos envolvidos no protesto ficam em espaços destinados aos internos de uma facção criminosa fluminense.

O Acre tem uma unidade com detentos em greve de fome. É o Presídio Francisco D’Oliveira Conde, em Rio Branco. “A greve de fome está em consonância com a ordem que partiu de uma determinada organização criminosa que atua em todo País”, diz o Instituto de Administração Penitenciária do Acre. Já o Pará tem 17 unidades, das 46 no Estado, em paralisação.

Comentários

 




    gl