Anthony Garotinho e Rosinha são presos no Rio. Três ex-governadores na cadeia

Rosinha e Anthony Garotinho. Foto: Reprodução/Facebook

Rosinha e Anthony Garotinho. Foto: Reprodução/Facebook

Os ex-governadores do Rio Anthony e Rosinha Garotinho foram presos pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (22). Na mesma ação, agentes prenderam outras pessoas, que não tiveram identidades reveladas, incluindo um ex-assessor de Garotinho. Com estas prisões e o confinamento de Sérgio Cabral, já são três governadores encarcerados.

Rosinha foi levada para a sede da Polícia Federal em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Já Garotinho foi detido no Rio.

A ação faz parte da Operação Chequinho, que investiga uso eleitoral do programa “Cheque Cidadão”.
O presidente nacional do Partido da República (PR), Antônio Carlos Rodrigues, o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho e a esposa dele, a também ex-governadora Rosinha Garotinho fariam parte de uma organização criminosa, conhecida no meio político como Orcrim. A acusação foi feita pelo juiz eleitoral Glaucenir Silva de Oliveira, da 98ª Zona Eleitoral, de Campos dos Goytacazes, que determinou hoje (22) a prisão preventiva dos três e de mais cinco pessoas por envolvimento em operações de caixa 2, algumas delas com o gripo JBS, no total de R$ 3 milhões.

Segundo Oliveira, havia uma estrutura bem determinada, com divisão de tarefas, envolvendo empresários, políticos e secretários de governo do município de Campos durante o período em que Rosinha foi prefeita da cidade, entre 2009 e 2016. Parte das informações foi obtida por meio da colaboração do empresário André Luiz da Silva Rodrigues, dono da empresa Ocean Link Solutions Ltda, que realizou contrato simulado com a JBS para viabilizar o pagamento de milhões à campanha de Garotinho ao governo do Rio de Janeiro em 2014.

O juiz cita o presidente nacional do PR, Antônio Carlos Rodrigues, como beneficiário de propina no valor de R$ 20 milhões, provenientes da JBS, também na campanha de 2014, para garantir apoio da sigla à reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff.

Acusados

Em nota, o PR informou que não irá se pronunciar sobre decisões judiciais. “O mesmo se aplica aos conteúdos que aguardam pelo exame do Poder Judiciário”.

Também em nota, o ex-governador Anthony Garotinho disse que a operação desta quarta-feira mostra que ele vem sofrendo perseguição política e que não tem nenhuma relação com a Operação Lava Jato.

Garotinho foi levado para um quartel do Corpo de Bombeiros, no bairro Humaitá, a pedido da Vara de Execuções Penais (VEP), até a transferência para uma unidade prisional.

De acordo com a nota, o ex-governador não foi encaminhado para a cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, por causa de uma suposta ameaça feita pelo presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Jorge Picciani, que está preso no local.

Atualizada às 16h48 com Agência Brasil

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