Alerj se opõe a decisão judicial e revoga as prisões de Picciani, Melo e Albertassi

Protesto em frente a Alerj. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Protesto em frente a Alerj. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Em sessão extraordinária realizada na tarde desta sexta-feira (17) os deputados estaduais revogaram as prisões dos colegas Jorge Picciani, presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Alerj, Paulo Melo – que também já presidiu a Casa – e Edson Albertassi, atual líder do governo.

Em votação aberta 39 deputados votaram por soltar os três colegas presos, seguindo o parecer aprovado na Comissão de Constituição e Justiça da Casa, enquanto a manutenção das prisões recebeu 19 votos. Um deputado se absteve.

Além de libertar os três o parecer da CCJ, transformado em projeto de resolução para ir a votação, também determina que Picciani, Albertassi e Melo voltem ao exercício dos respectivos mandatos.

Segundo a assessoria da Alerj, a própria Casa vai notificar o delegado responsável pelo presídio em Benfica para efetuar a soltura do trio.

Os três parlamentares são investigados na Operação Cadeia Velha, que apura o envolvimento de membros da Alerj em um esquema de corrupção que beneficiava empresários do setor do transporte.

A decisão do Legislativo fluminense reverte o que determinou na quinta-feira (16) os cinco desembargadores da Primeira Seção do TRF-2 (Tribunal Federal da 2ª Região). A Corte mandou prender preventivamente os deputados a pedido do Ministério Público Federal.

Votaram pela soltura dos deputados:

André Ceciliano (PT)
André Corrêa (DEM)
André Lazaroni (PMDB)
Átila Nunes (PMDB)
Chiquinho da Mangueira (PODE)
Christino Áureo (DEM)
Cidinha Campos (PDT)
Coronel Jairo (PMDB)
Daniele Guerreiro (PMDB)
Dica (Jorge Moreira Theodoro) (PODE)
Dionisio Lins (PP)
Fábio Silva (PMDB)
Fatinha (SDD)
Filipe Soares (DEM)
Geraldo Pudim (PMDB)
Gustavo Tutuca (PMDB)
Iranildo Campos (PSD)
Jair Bittencourt (PP)
Jânio Mendes (PDT)
João Peixoto (PSDC)
Luiz Martins (PDT)
Marcelo Simão (PMDB)
Marcia Jeovani (DEM)
Márcio Canella (PSL)
Marco Figueiredo (PROS)
Marcos Abrahão (PTdoB)
Marcos Muller (PHS)
Marcus Vinicius (PTB)
Milton Rangel (DEM)
Nivaldo Mulim (PR)
Paulo Ramos (PSOL)
Pedro Augusto (PMDB)
Renato Cozzolino (PR)
Rosenverg Reis (PMDB)
Silas Bento (PSDB)
Thiago Pampolha (PDT)
Tio Carlos (SDD)
Zaqueu Teixeira (PDT)
Zito (PP)

Votaram pela manutenção das prisões:

Benedito Alves (PRB)
Carlos Macedo (PRB)
Carlos Minc (sem partido)
Dr. Julianelli (Rede)
Eliomar Coelho (PSOL)
Enfermeira Rejane (PCdoB)
Flávio Bolsonaro (PSC)
Flavio Serafini (PSOL)
Gilberto Palmares (PT)
Luiz Paulo (PSDB)
Marcelo Freixo (PSOL)
Márcio Pacheco (PSC)
Martha Rocha (PDT)
Osorio (PSDB)
Samuel Malafaia (DEM)
Wagner Montes (PRB)
Waldeck Carneiro (PT)
Wanderson Nogueira (PSOL)
Zeidan (PT)

Abstenção

Bruno Dauaire (PR)

Ausências

11 (incluindo, obviamente, Jorge Picciani, Edson Albertassi e Paulo Melo)

Protestos em frente à Alerj

Em frente à Alerj, servidores do Estado realizaram um protesto. O ato foi convocado pelo Movimento Unificado dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (Muspe). A Rua Primeiro de Março foi interditada pouco antes das 14h para a manifestação.

Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Foto: Divulgação
Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Foto: Divulgação

O resultado da votação gerou tumulto do lado de fora. Cerca de cem manifestantes e policiais militares entraram em confronto. Até o momento, não há informações sobre prisões. Ao menos um estudante foi atingido por uma bala de borracha.

Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Foto: Divulgação
Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Foto: Divulgação

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